Acidentes
de trabalho matam e invalidam 50 pessoas por dia no Brasil
Ao final de cada dia, 50 pessoas
que saem de casa em busca do sustento familiar são impedidas de fazer a mesma
ação no dia seguinte. Dez brasileiros morrem diariamente e outros 40 ficam
inválidos permanentemente em decorrência de acidentes de trabalho. Os números
foram apresentados pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de Minas
Gerais Sebastião Geraldo de Oliveira na palestra de abertura do Seminário
Cearense Acidente de Trabalho: Prevenção e Tutelas de Urgência.
“Ninguém oferece um carro a
uma pessoa não habilitada. Mas, diariamente, oferecem uma máquina a um
trabalhador não habilitado para operá-la”, destaca o desembargador Sebastião
Geraldo de Oliveira. Ele apresentou aos participantes do seminário a evolução
do temas segurança e saúde do trabalhador, desde a criação da Medicina do
Trabalho, em 1830, até a definição da Política Nacional de Segurança e Saúde do
Trabalho, em âmbito nacional, em 2011.
O desembargador também destacou a
importância de compreender a distinção entre as palavras proteção e prevenção.
Está relacionada à antecipação de risco, aquela, ao cuidado e ao resguardo do
trabalhador. “Não adianta apenas fornecer os equipamentos de proteção. Se não
há treinamento, orientação, um ambiente de trabalho adequado, os acidentes
continuarão acontecendo”, destacou.
Abertura: A presidente do Tribunal
Regional do Trabalho do Ceará, desembargadora Roseli Alencar, falou sobre a
importância de profissionais de Direito trabalharem em favor de uma utilização
mais efetiva das tutelas inibitórias. “Os acidentes de trabalho são um cancro
que está a exigir dos poderes públicos e de toda a sociedade civil um esforço
conjunto de combate”, afirmou.
O secretário-geral do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho, juiz Orlando Tadeu de Alcântara, ressaltou o
avanço recente, no campo do Direito, no estudo das questões da segurança e na
medicina do trabalho. O progresso nas discussões seria uma das consequências da
transferência, a partir de 2005, para a Justiça do Trabalho, da
responsabilidade por julgar processos que tratem dos acidentes laborais.
Já a deputada estadual Eliana
Novais afirmou que o seminário é uma ação concreta na pela redução dos danos
causados a trabalhadores. “Temos que trabalhar para estabelecer uma relação
sempre justa no mundo do trabalho”, concluiu.
Fonte: TRT 7
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