quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Grande Fortaleza é terceira mais populosa do NE



No Nordeste, a área fica atrás de Salvador e Recife, de acordo com publicação a ser lançada hoje pelo Ipea

Com 3.330.485 habitantes, a Região Metropolitana de Fortaleza se constitui como a terceira mais populosa do Nordeste, atrás de Salvador (3.440.462) e Recife (3.690.547). Considerando todas as regiões metropolitanas brasileiras, Fortaleza ocupa a oitava colocação no ranking. O destaque é para São Paulo, considerada macrometrópole, com 25,6 milhões de habitantes, seguido do Rio de Janeiro (11,8 milhões), Belo Horizonte (4,7 milhões), Porto Alegre/Caxias do Sul (4,5 milhões) e Brasília, com 3,3 milhões de pessoas.

As informações são do livro "Território metropolitano, políticas municipais", que será lançado, hoje (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo cita que dados do Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o grau de urbanização no Brasil passou de 81,2% em 2000, para 84,4% em 2010, revelando um processo de concentração de pessoas em cidades.

Conclui, ainda, que o País se tornou mais metropolitano. A proporção da população que reside nestas áreas aumentou de 25% em 1970, para 32,7% em 2010. A proporção é que um em cada três brasileiros vivia em uma destas áreas metropolitanas na data do último censo. Em 30 anos, a população de Fortaleza e região metropolitana mais que triplicou. Passou de 1.036.779 em 1970, para 3.330.485 em 2010, representando aumento de 221,2%.

Em vez de cinco cidades, como se configurava em 1973, ano em que a Região Metropolitana de Fortaleza foi criada, hoje, abrange nove cidades: Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Horizonte, Pacajus, Maranguape, Chorozinho, Aquiraz e Itaitinga.

Políticas públicas

Os resultados encontrados sugerem a importância de se repensar o significado das regiões metropolitanas
no Brasil e utilizar critérios para todas as unidades da federação, a fim de serem pensadas políticas públicas e programas de governo que atinjam as áreas de maior densidade de ocupação, polarizadoras de medidas adotadas para o desenvolvimento social e econômico.

Porém, a grande questão que o livro trata não é o número de regiões, mas o papel que desempenham nas respectivas áreas de influência como polos disseminadores de inovações, prestadores de serviços públicos e entroncamento de eixos de transporte.

José Borzacchiello da Silva, professor titular da Universidade Federal do Ceará (UFC), e membro do Observatório de Metrópoles afirma que a constatação das dificuldades e possibilidades dos instrumentos clássicos de gestão urbana exigiu a chamada de um trabalho em conjunto para assumir um papel fundamental na manutenção do equilíbrio social.

Ele acrescenta que, na maioria das vezes, a solução para o enfrentamento dos problemas urbanos perpassa o compartilhamento de funções públicas de interesse comum entre os entes da metrópole. "O livro elucida o desequilíbrio entre as diferentes regiões metropolitanas, destacando as já consolidadas, aquelas criadas na década de 1970. Revela as dificuldades de análise em relação às novas regiões metropolitanas. Destaca, antes de mais nada, a questão escalar, muito diferentes entre si", observa o professor da UFC, José Borzacchiello da Silva.

Fonte: Diario do Nordeste

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