Governador defendeu os viadutos na Antônio Sales,
tentou negociar, mas não conseguiu o apoio dos manifestantes
Passava das 22h de ontem quando o governador Cid Gomes chegou ao Parque do Cocó, segundo ele, para discutir a legalização do espaço. No local, o gestor foi recebido de forma pacífica - embora depois os ânimos tenham ficado acirrados com a criação de tumulto ao fim do encontro - por mais de 50 defensores do Cocó, acampados há 25 dias, como forma protesto contra a derrubada de árvores para a construção de viadutos.
Após propor a regulamentação do Parque, incorporando mais 2 hectares de mangue e mais 10 vezes o espaço retirado de área verde, na faixa entre a faixa do anel viário e o Rio Cocó, o governador ouviu dos manifestantes que uma reunião entre eles e o prefeito Roberto Cláudio fosse agendada.
Passava das 22h de ontem quando o governador Cid Gomes chegou ao Parque do Cocó, segundo ele, para discutir a legalização do espaço. No local, o gestor foi recebido de forma pacífica - embora depois os ânimos tenham ficado acirrados com a criação de tumulto ao fim do encontro - por mais de 50 defensores do Cocó, acampados há 25 dias, como forma protesto contra a derrubada de árvores para a construção de viadutos.
Após propor a regulamentação do Parque, incorporando mais 2 hectares de mangue e mais 10 vezes o espaço retirado de área verde, na faixa entre a faixa do anel viário e o Rio Cocó, o governador ouviu dos manifestantes que uma reunião entre eles e o prefeito Roberto Cláudio fosse agendada.
O governador permaneceu no local até as 2h, e entre as pautas mais recorrentes, os manifestantes cobravam do governador, tanto a assinatura imediata do decreto que legaliza o Parque como a garantia de haver represálias por parte da Polícia ao grupo que está acampando.
Em relação à primeira, Cid tentou justificar a não assinatura do decreto justificado o alto valor das desapropriações. Porém, sua resposta foi recebida com vaias pelos que estavam ali. Sobre a garantia de não haver represálias, o governador foi direto: "Não posso garantir que não haverá repressão".
Prefeitura
Ele enfatizou também que não poderia responder pelas obras do viaduto (motivo este da ocupação do Parque), pois esta é de responsabilidade do Município. Mesmo assim, os manifestantes pediam que ele agisse como mediador do debate com a Prefeitura e abrisse o debate com o Ministério Público e outros órgãos.
Os ativistas juntaram-se no parque pedindo ao governador a finalização das obra do viaduto entre as avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior. Entre as pautas estavam a mobilidade urbana, assim como a proteção ao ecossistema do parque. A questão ambiental foi levantada com mais força, devido à derrubada de 94 árvores para a construção do viaduto. "A maioria aqui trabalha, estuda. Enquanto alguns usam o seu tempo livre para ir à academia, nós lutamos pelas nossas árvores", disse uma das pessoas. "Será que não tem uma alternativa menos agressiva e nociva à população?", questionou outro manifestante.
Uma manifestante mais exaltada reforçou que o grupo que ocupa a área não vai sair antes de ter suas reivindicações solicitadas. "Nós vamos resistir. Estamos aqui para garantir o parque como ele é", afirmou. A gritos de "O Cocó é nosso", os manifestantes afirmaram estar preparados para confrontar o governo. Estiveram no local políticos como os vereadores João Alfredo, Eliane Novais, Toinha Rocha, além de lideranças de grupos.
A remoção de famílias para obras da Copa do Mundo e a construção do Acquario Ceará na também foram questionadas. "Vamos resistir a qualquer remoção para a Copa do Mundo e à construção de uma Acquario Ceará milionário", concluiu.
Fonte: Diário do Nordeste
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