quinta-feira, 23 de maio de 2013

Motorista treinado pode zerar índices de acidentes com veículos pesados




Os números são assustadores e a solução, mais uma vez, reside na educação, conscientização e treinamento. A prática do conhecimento é fator determinante para o sucesso e é com este objetivo que o Velopark desenvolveu um curso de pilotagem para motoristas de veículos pesados seja ele, ônibus ou caminhão. De acordo com dados do Daer e da Polícia Rodoviária Federal, só em 2012 o Rio Grande do Sul registrou 7165 acidentes envolvendo veículos pesados, em rodovias federais e estaduais. Mais de 90% dos casos são em decorrência de falhas humanas. Mesmo representando apenas 2,2% da frota de veículos do estado, são eles os responsáveis pelos acidentes mais graves. De acordo com o presidente do SETCERGS Sergio Neto, entre os principais fatores estão a falta de infraestrutura adequada, a alta incidência de caminhõesnas estradas, falta de treinamento e acompanhamento dos motoristas, principalmente dos autônomos.
Apesar dos possíveis investimentos ainda existe muito trabalho a ser feito, principalmente na educação dos motoristas. Atualmente o Rio grande do Sul tem 400.315 mil motoristas habilitados nas carteiras C, D e E. Entretanto o SEST SENAT do Estado não sabe mensurar quantos desses motoristas recebem algum outro tipo de qualificação. Por isso, Neto ressalta a importância do acompanhamento dos motoristas que começam a trabalhar como profissionais, dirigindo veículos pesados.
Para algumas empresas, a preocupação em oferecer treinamentos inovadores é o segredo para qualificar a equipe e garantir a satisfação do cliente. Uma das maiores transportadoras do Estado, a Ouro e Prata, dedica aproximadamente 160 horas para treinamento dos motoristas. O resultado é um índice de satisfação do cliente e da equipe acima de 97%, e o mais importante, índice zero de acidentes com vítimas desde 2004.
“Todo novo motorista precisa de acompanhamento diuturnamente. As empresas efetuam testes e operações acompanhadas, com vistas a se certificar de que estão aptos ao desempenho com segurança. Normalmente, quando o motorista atinge essas categorias ele já possui carteiras AB, dirige e conhece bem as leis de trânsito e as dificuldades que um motorista profissional tem para estar capacitado no dia a dia. O ‘estágio’ tem a finalidade de adaptá-lo a uma nova Categoria de tamanho e pesos diferentes. O que importa é que ele já conhece e sabe dirigir profissionalmente. Precisa agora conhecer novos desafios.”, afirma o presidente do SETCERGS.
A Ouro e Prata que atua no mercado brasileiro há mais de 70 anos conta, no total, com 72 linhas que atendem o Estado dia e noite e uma linha nacional que parte do RS em direção ao Pará. Os profissionais que ingressam na empresa passam por cursos de qualidade no atendimento, direção defensiva, direção econômica e padrões de postura no trabalho, além de estarem mensalmente envolvidos em reciclagem.
Em 2013, a empresa de transportes aderiu ao novo curso de direção segura para motoristas profissionais do Velopark. A proposta é orientar e qualificar a classe sobre a segurança do condutor e passageiro e testar os limites do veículo em uma situação de emergência. O módulo também contempla a evolução dos veículos em tecnologia embarcada e a correta utilização desses recursos.
“Esta é a primeira edição que realizamos e aborda principalmente situações de emergência em frenagem e desvios. O Velopark é a opção mais segura em ambiente sem contar na experiência do Jorge Fleck”, diz Carlos Bernaud, diretor de operações da Ouro e Prata.
O instrutor do curso, Jorge Fleck, é o piloto gaúcho que mais acumula títulos nacionais em diversas categorias e foi bicampeão brasileiro de Fórmula Truck. Mas, a experiência com caminhões veio do histórico familiar no setor de transportes. Fleck é filho de caminhoneiro e por muitos anos foi motorista transportador, o que lhe rendeu o conhecimento necessário para desenvolver a estrutura do curso.
“Os treinamentos eram basicamente teóricos, realizamos uma rodagem em estradas porém, dentro das condições apresentadas, aqui estamos simulando outras situações como as diferenças em pista seca e molhada e desvios de obstáculo em curto espaço de tempo e com diversidade na pista”, acrescenta Bernaud .

Fonte:  Divulgação

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