A Federação das Indústrias de São Paulo comparou indicadores de
transporte do Brasil com equivalentes de países que são referência para o mundo
todo.
A conclusão do estudo é que, em
dez anos, a eficiência de nossa infraestrutura não avançou.
O Brasil é grande, mas parece
maior ainda para quem leva peças de São Paulo a Manaus.
“Demora de 15 a 20 dias. O
caminhão sai daqui carregado, vai até Rio Branco, de Rio Branco é transportado
para a balsa e vai via fluvial até Manaus”, conta o empresário José Kovacs.
E se fosse de avião?
“Transporte aéreo é inviável,
seria pelo menos 20 vezes mais que o custo rodoviário”, diz Kovacs.
A Federação das Indústrias de São
Paulo comparou os indicadores de transporte no Brasil com indicadores
equivalentes nos países que tem os melhores sistemas do mundo. No total, foram
analisados 18 itens, referentes a 2010. Alguns países não demoram nem seis
horas para liberar cargas em aeroportos. No Brasil, a espera passa de 60 horas:
dois dias e meio.
Ter 100% de rodovias pavimentadas
é o básico em alguns países. O Brasil só tem 19%, segundo o levantamento.
“Certas partes estão boas. Tem outros lugares que estão meio bravos, difícil de andar, de trabalhar”, diz o caminhoneiro.
“Certas partes estão boas. Tem outros lugares que estão meio bravos, difícil de andar, de trabalhar”, diz o caminhoneiro.
No transporte via trens, o frete
por mil toneladas custa lá fora menos de US$ 5: nem R$ 10. Aqui, US$ 74: cerca
de R$ 150.
Nos portos, exportar um contêiner
de mercadorias custa US$ 621 nos países mais baratos. E quase US$ 1800 no
Brasil.
Nas rodovias, por onde anda a
maior parte da economia brasileira, a frota cada vez maior afunila o transito.
Portos e aeroportos estão saturados. O potencial de nossos rios continua pouco
explorado. No fim das contas, quando o assunto é transporte, o Brasil não está
saindo do lugar.
Entre 2000 e 2010, o desempenho
dos principais meios de transporte no Brasil sempre beirou um terço do que é
alcançado nos melhores sistemas do mundo.
“Na hora de vendermos nosso
produto lá fora ou de competirmos aqui dentro com produto importado, o nosso
produto sai perdendo. Se o nosso produto sai perdendo, nosso emprego, a geração
de emprego e o crescimento do país sai perdendo”, diz o presidente da Fiesp,
Paulo Skaf.
O presidente da empresa de
planejamento e Logística, Bernardo José Figueiredo, reconheceu o estado
precário das rodovias e ferrovias brasileiras, e afirmou que os problemas se
devem aos poucos investimentos nos últimos 30 anos. Lembrou que em agosto de
2012, o governo anunciou um programa de R$150 bilhões para serem aplicados em
logística, nos próximos cinco anos.
Fonte: Blog do Caminhoneiro
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