O aumento do registro de furtos e
saques na Régis Bittencourt tem causado insegurança entre os caminhoneiros que
circulam pela rodovia. Alguns contam que passaram a se recusar a percorrer o
trecho da via em que as ocorrências são mais frequentes: do km 337 ao km 343,
entre os municípios de Juquitiba e Miracatu.
Segundo o
coronel da reserva do Exército Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança do
Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região)
e da Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São
Paulo), além das cargas, os grupos costumam levar dinheiro e objetos pessoais
dos motoristas.
O caminhoneiro
Elder Nogueira, que passa diariamente pela rodovia, conta que já presenciou um
ataque.
“Abriram o
caminhão de um colega, só que ele carregava farinha e a carga não interessava
para eles [saqueadores]. No momento do tumulto, havia umas quatro pessoas,
sendo um adulto. As outras eram crianças. E todos eles estavam com um facão na
mão”.
Para evitar
ser alvo, Nogueira diz ter adotado uma “estratégia”.
“Eu carrego
carga de até R$ 1 milhão. Então, a gente vem com um caminhão mais velho para
dar uma enganada”.
Gerente de uma oficina de mecânica em um posto de combustível às margens da Régis, Everton Marcelino, diz que já viu roubo de todo tipo de carga, como frango, arroz, leite, televisão e geladeira. Segundo ele, há saques até dentro do posto, quando o motorista está dormindo.
Gerente de uma oficina de mecânica em um posto de combustível às margens da Régis, Everton Marcelino, diz que já viu roubo de todo tipo de carga, como frango, arroz, leite, televisão e geladeira. Segundo ele, há saques até dentro do posto, quando o motorista está dormindo.
“ Tem um
funcionário que dorme na loja e vê roubos por aqui. É muita gente que vem
saquear. Eles chegam com alicate, abrem o baú e roubam a carga. Um fala para o
motorista não reagir e os outros levam a mercadoria”.
Comerciantes
também dizem ser prejudicados, indiretamente, com os saques. Ouvidos, eles
disseram que a movimentação nos restaurantes e lanchonetes da região caiu
porque os motoristas ficam com medo de parar. De acordo com Paulo Machado,
proprietário de um restaurante no km 337, caminhões também são atacados em
frente ao seu estabelecimento.
“Tem uns
[saqueadores] que jogam pedra no vidro do para-brisa do caminhão e machucam os
motoristas. Eles chegam machucados no restaurante, pedindo ajuda”.
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