O ministro dos Transportes, César Borges, afirmou nesta terça-feira (2)
que as reivindicações de caminhoneiros que desde segunda paralisaram estradas
de nove Estados são “impossíveis de serem atendidas”.
Ele afirmou, após reunião no
Palácio do Planalto, que os bloqueios, frutos de um “movimento pequeno”, são
motivados por “interesses de ocasião”. Não descartou também que poderá pedir
para usar força policial para liberar estradas.
Os manifestantes reivindicam
soluções para questões nacionais da categoria, entre elas, o subsídio no preço
do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágios para caminhões e criação da
secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas.
Borges diz que o óleo diesel já é
subsidiado e não se pode contrariar contratos existentes de pedágio.
“Estamos vendo agora um movimento
pequeno se aproveitar do que está passando o país para interditar as rodovias
federais impedindo inclusive o sagrado de ir e vir da população brasileira e
principalmente dos caminhoneiros”, disse o ministro.
Ele disse que a Polícia
Rodoviária Federal poderá atuar para remover os carros que bloqueiam estradas.
Afirmou ainda que a pasta criará uma câmara de diálogo com representantes do
setor, sejam favoráveis ou não à paralisação, para negociação.
Borges reuniu-se nesta
terça-feira com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e dirigentes de
federações de transportadores autônomos que são contrários às paralisações
recentes.
Protestos de caminhoneiros
bloqueiam rodovias em pelo menos nove Estados: Bahia, Espírito Santo, Mato
Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e
Santa Catarina.
O líder da paralisação dos
caminhoneiros, Nélio Botelho, que está à frente do Mubc (Movimento União Brasil
Caminhoneiro), afirmou que os protestos serão mantidos nas estradas brasileiras
até as 6h de quinta-feira, conforme previsto na convocação da categoria.
Fonte: Folha
de São Paulo
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