A
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo não
ficará “quieto” diante de interrupções de rodovias. Nos últimos dias,
manifestações de caminhoneiros bloquearam trecho de rodovias em estados do
país. Segundo a presidente, “ordem signfica democracia, mas também significa
respeito à produção, à circulação”.
“É fundamental para o país que
estradas não sejam interrompidas e o meu governo não ficará quieto diante de
processos de interrupção de rodovias, porque também na nossa bandeira tem a
palavra ordem. Ordem signfica democracia, mas também significa respeito à
produção, à circulação, e da vida da população brasileira. Então
não tenham dúvidas, o governo não negocia isso. Não concordamos com processos
que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das
pessoas”, afirmou a presidente.
Dilma discursou no Palácio do
Planalto, durante anúncio de autorização para 50
terminais portuários privados, com previsão de investimentos particulares de R$
11 bilhões.
“Não concordamos com protestos
que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das pessoas. Uma
coisa são manifestações pacíficas que muito engrandecem o país. Outra coisa
completamente diferente é acreditar que o país possa viver sem normalidade e
estabilidade”, afirmou Dilma.
Para a presidente, a democracia,
a economia e a população do país precisam de “ordem”. “O Brasil precisa de
ordem tanto para a democracia, quanto para a sua economia, quanto para a vida
de cada um dos brasileiros e das brasileiras. Por isso eu retomo e acrescento a
democracia como uma questão pétrea do nosso país. A nossa bandeira expressa
também o sentido de que os nossos fundadores republicanos deram para o nosso
país que é ordem e progresso”, concluiu.
Portos
A presidente Dilma Rousseff
elogiou a celeridade com que a nova lei dos portos será aplicada e disse que,
com os 50 terminais iniciais, o país está completando a “nova abertura dos
portos brasileiros”. “Os ministros do governo agiram de forma bastante acelerada
para garantir que esse projeto tivesse resultado o mais rápido possível dada a
urgência do setor”, disse durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Dilma disse que a nova lei, “se
executada com eficiência, ouvindo o setor e garantindo um fluxo constante de
autorizações, não só vai ampliar a concorrência entre os prestadores de
serviços portuários, como vai aumentar também oportunidades”.
A simplificação do processo para
a construção de novos terminais, de acordo com a presidente, garante maisoportunidade a
todos os empresários interessados.
“Com esse anúncio, nós abrimos,
então, a etapa em que a gente diz: ‘quem quer construir?’ Nós temos aqui 50
interessados. Se alguém além dos 50 interessados quiser, terá a oportunidade de
participar de um processo simplificado de licitação. Mas se não aparecer nenhum
interessado em trinta dias, está autorizado ofuncionamento do
terminal de uso privado”, afirmou.
A presidente agradeceu “calorosamente”
ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e ao presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pela aprovação da lei, que foi objeto de
discórdia entre o Planalto e parlamentares. Dilma vetou dez pontos do texto.
“Ambos foram decisivos nesse processo mediando um conflito do qual emergiu esse
projeto que é a Lei dos Portos”, disse.
“Os senhores deputados e
senadores são os atores junto com o governo federal desse processo de
construção que foi melhorando e criando o arcabouço legal no qual nós nos
respaldamos para lançar o decreto”, afirmou a presidente.
Fonte:
Globo
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