terça-feira, 30 de julho de 2013

Cobrança de pedágio por eixos afeta consumidor




consumidor já pode preparar o bolso para a alta de preços no varejo por conta da cobrança da tarifa de pedágio dos eixos suspensos de caminhões, que começou a vigorar nesta segunda-feira (29), no Estado. O setor de alimentação é um dos primeiros a ter impactos.
Nesta segunda, já houve reajuste de 3% no valor de fretes em Ribeirão e o preço de alimentos que vêm do campo, como batata e cebola subiram 1,5% em distribuidores da cidade. O próximo da cadeia a repassar os reajustes é o varejo e a população sentirá os efeitos.
Com a mudança na cobrança da tarifa, os caminhões pagam também pelos eixos não carregados, que são suspensos para economizar combustível e pneus.
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“Os custos para o transporte de produtos aumentam e as empresas têm de repassar isso, não tem como, o impacto é grande e imediato”, diz Wilson Piccolo Soares, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Ribeirão (Sindetrans).
Segundo Soares, o preço geral do transporte vai subir 33% com a nova regra de cobrança de pedágio.
Nesta segunda, na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais (Ceagesp), distribuidores de alimentos já pagaram mais caro pelo transporte dos produtos. “O valor aumenta e infelizmente temos de passar e com certeza vai chegar ao consumidor”, disse Marco Aranda, sócio da Coal, que vende produtos como alho, cebola e cenoura.
O primeiro impacto na empresa, segundo Aranda, foi uma alta de 3% no frete e de 1,2% a 1,5% no valor final dos produtos. “Essa alta teve de ser automática, mas só no fim de semana será possível avaliar as planilhas e verificar qual o reajuste exato.”
Segundo o economista Matheus Franco, como a maioria dos produtos é transportada por rodovias, o reajuste aos consumidores é certo e vai acontecer em diversos setores gradativamente. Os com transporte diário e impacto maior, como de alimentos, serão reajustados primeiro.
Contratos devem segurar preços por mais um mês
Em uma das maiores transportadoras de Ribeirão Preto, o aumento nos custos de operação vai de 3% a 5% com a nova cobrança de pedágio por eixos suspensos.
“Haverá o aumento de custo, mas não será tão forte porque procuramos otimizar as operações e carregar todos os eixos dos caminhões”, diz Murilo Ricardo Alves, diretor adjunto de mercado da Rodonaves.
Ainda segundo ele, pelo menos nos próximos 30 dias, a empresa vai ter de arcar com esse custo a mais por conta de contratos já fechados. “O repasse será feito conforme os contratos forem renovados.”
A empresa atua em 2 mil cidades do País com 1.700 caminhões transportando principalmente caixas, autopeças, calçados e brinquedos.

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