O consumidor já
pode preparar o bolso para a alta de preços no varejo por conta da cobrança da
tarifa de pedágio dos eixos suspensos de caminhões, que começou a vigorar nesta
segunda-feira (29), no Estado. O setor de alimentação é um dos primeiros a ter
impactos.
Nesta segunda, já houve reajuste
de 3% no valor de fretes em Ribeirão e o preço de alimentos que vêm do campo,
como batata e cebola subiram 1,5% em distribuidores da
cidade. O próximo da cadeia a repassar os reajustes é o varejo e a população
sentirá os efeitos.
Com a mudança na cobrança da
tarifa, os caminhões
pagam também pelos eixos não carregados, que são suspensos para economizar
combustível e pneus.
“Os
custos para o transporte de produtos aumentam e as empresas têm
de repassar isso, não tem como, o impacto é grande e imediato”, diz
Wilson Piccolo Soares, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de
Carga de Ribeirão (Sindetrans).
Segundo Soares,
o preço geral do transporte vai subir 33% com a nova regra de cobrança de
pedágio.
Nesta segunda, na Companhia de Entrepostos
e Armazéns Gerais (Ceagesp), distribuidores de alimentos já pagaram mais caro
pelo transporte dos produtos. “O valor aumenta e infelizmente temos de passar e
com certeza vai chegar ao consumidor”, disse Marco Aranda, sócio da Coal, que
vende produtos como alho, cebola e cenoura.
O
primeiro impacto na empresa, segundo Aranda, foi uma alta de 3% no frete e
de 1,2% a 1,5% no valor final dos produtos. “Essa alta teve de ser automática,
mas só no fim de semana será possível avaliar as planilhas e verificar
qual o reajuste exato.”
Segundo o economista Matheus
Franco, como a maioria dos produtos é transportada por rodovias, o reajuste aos
consumidores é certo e vai acontecer em diversos setores gradativamente. Os com
transporte diário e impacto maior, como de alimentos, serão reajustados
primeiro.
Contratos devem segurar preços
por mais um mês
Em uma
das maiores transportadoras de Ribeirão Preto, o aumento nos custos
de operação vai de 3% a 5% com a nova cobrança de pedágio por eixos suspensos.
“Haverá o aumento de custo, mas
não será tão forte porque procuramos otimizar as operações e carregar todos os
eixos dos caminhões”, diz Murilo Ricardo Alves, diretor adjunto de mercado da
Rodonaves.
Ainda segundo ele, pelo menos nos
próximos 30 dias, a empresa vai ter de arcar com esse custo a mais por conta de
contratos já fechados. “O repasse será feito conforme os contratos forem
renovados.”
A empresa atua em 2 mil cidades
do País com 1.700 caminhões transportando principalmente caixas, autopeças,
calçados e brinquedos.
Fonte: Jornal A Cidade
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