Sobra
serviço e falta mão de obra qualificada para a função de motorista de caminhão em Mato Grosso
do Sul. A constatação é do Sest/Senat, que estima déficit de 12,3 mil (16% dos
77 mil caminhoneiros). O número, segundo a coordenadora de desenvolvimento
profissional da unidade na Capital, Ronilda Resende, é confirmada por
empresários que procuram a entidade, que oferece curso de formação de
motoristas, em busca desses profissionais.
“Temos relatos de um que tem 150 caminhões e está com quase 20% dos
veículos parados”, conta, exemplificando. As empresas buscam colaboradores
capacitados. Alguns têm o domínio da técnica, sabem dirigir, estão na estrada
há anos, mas estão desatualizados.
Não saberiam, por exemplo,
conduzir um veículo moderno, com recursos
tecnológicos de última geração. “As novas tecnologias tem sido um desafio para
esses profissionais”, afirmou. É por isso que, quando um curso se inicia, os
alunos são disputados “a tapa”. A demanda é tanta que alguns deles chegam
receber propostas ou começam a trabalhar ainda
durante a qualificação.
Sobra serviço e falta mão de obra
qualificada para a função de motorista de caminhão em Mato Grosso do Sul. A
constatação é do Sest/Senat, que estima déficit de 12,3 mil (16% dos 77 mil
caminhoneiros). O número, segundo a coordenadora de desenvolvimento
profissional da unidade na Capital, Ronilda Resende, é confirmada por
empresários que procuram a entidade, que oferece curso de formação de
motoristas, em busca desses profissionais.
“Temos relatos de um que tem 150
caminhões e está com quase 20% dos veículos parados”, conta, exemplificando. As
empresas buscam colaboradores capacitados. Alguns têm o domínio da técnica,
sabem dirigir, estão na estrada há anos, mas estão desatualizados.
Não saberiam, por exemplo,
conduzir um veículo moderno, com recursos tecnológicos de última geração. “As
novas tecnologias tem sido um desafio para esses profissionais”, afirmou. É por
isso que, quando um curso se inicia, os alunos são disputados “a tapa”. A
demanda é tanta que alguns deles chegam receber propostas ou começam a
trabalhar ainda durante a qualificação.
Um exemplo disso é a turma que
encerra as atividades no dia 25 deste mês. Dos 26 formandos, 60% já têm lugar
garantido no mercado de trabalho. Sidnei de Oliveira Martins Coelho, 30 anos, é
um deles.
O motorista recebeu, até agora,
pelo menos quatro propostas para atuar em transportadoras de Campo Grande. Na
avaliação dele, além do diferencial no currículo, a nova formação abriu portas.
“Hoje, as empresas estão visando
mais a qualidade, a capacitação”, ressaltou, ao comentar que, no curso, além
das lições que incluem o domínio do veículo, há aulas de português, matemática
e informática, por exemplo. E não é só isso.
Hoje ele sabe, dentre outros
assuntos, que, com o sistema eletrônico, é possível controlar os custos e
economizar. “Ali você sabe o ponto certo que gasta em quilômetros, na
velocidade correta”, explicou.
Para Sidnei, o aprendizado chegou
em boa hora. Ele sempre trabalhou com caminhões, mas nunca foi registrado.
“Quem nunca teve oportunidade de registro essa é a melhor coisa”, concluiu.
O colega de sala, Marcio Maximo,
32 anos, tem experiência comprovada. Já foi motorista de duas empresas, mas
sempre se queixou dos salários que, no caso dele, variavam de R$ 800,00 a
900,00.
Agora, com o curso no currículo,
ele já viu a conversa mudar. Nas quatro propostas que recebeu, o mínimo
ofertado foi de R$ 1,6 mil, praticamente o dobro pago anteriormente, fora os
benefícios. E, detalhe: o motorista já havia procurado emprego nesses mesmos
locais. “Eles falavam que precisavam de pessoas preparadas”, disse.
Se o problema era esse, Márcio se
sente bem mais confiante, inclusive para as entrevistas de emprego, tão
temidas. “Eu vejo que agora, se eu precisar fazer uma entrevista, eu ou lá e
serei aprovado”, presumiu, acrescentando que a qualificação profissional é um
conhecimento que ele vai levar e aproveitar não apenas no trabalho, mas na
vida. “Hoje eu consigo encarar as coisas de uma forma diferente”, finalizou.
Déficit e baixo salário
O presidente do Sindicam-MS
(Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens em Mato Grosso do
Sul), Osny Carlos Belinati, 61 anos, estima que o déficit de profissionais em
todo o Estado não passa dos 10% e, ao contrário do que divulga o Sest/Senat,
para ele, a questão não é a qualificação e, sim, os baixos salários oferecidos.
Muitas vezes, afirmou, o
caminhoneiro prefere trabalhar por conta própria e, por isso, nos cálculos das
transportadoras, a falta de interesse reflete em déficit. “As vezes o cara
compra uma Kombi e resolve trabalhar sozinho”, explicou.
De acordo como presidente, em
todo o Estado há 19 mil caminhoneiros que possuem seus próprios veículos, sendo
5,2 mil de Campo Grande. O número de profissionais que trabalham com os
veículos das empresas chega, segundo ele, a cerca de 58 mil. Somados, o número
é de 77 mil.
Curso
A formação gratuita de motoristas
no Sest/Senat, em Campo Grande, já existe há dois anos. Em 2013, devido a uma
adequação, o curso foi inserido dentro do Pronatec (Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e Emprego), do Governo Federal, o que possibilitou a
ampliação do número de vagas.
As novas turmas começam neste
mês, com início das aulas no dia 29 de julho. No total, 32 vagas serão
ofertadas. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3348-8700.
Fonte: O Correio News
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