No meu trabalho eu procuro ser
imparcial, mas é evidente que faço uma defesa pelos direitos dos bonscaminhoneiros,
dos profissionais de verdade. Eu entrevisto caminhoneiros há dez anos. Já vi
motorista chorar jogado à beira do acostamento com a carreta quebrada, sem
nenhuma assistência da rodovia que cobra pedágio caro. Liguei para a
Concessionária e em quinze minutos chegou um guincho para rebocar o caminhão e
levar a um local seguro. Eu fiquei indignado com esse descaso da
Concessionária, que só prestou o serviço por que um repórter ligou.
Escrevo isso, por que hoje algumas
pessoas imaginaram que eu critiquei as manifestações dos caminhoneiros em
editorial do jornal O Estado de S.Paulo. Quem escreve é algum diretor ou
articulista no espaço destinado a dar a opinião do jornal.
Alguns me cobraram por que eu não faço
alguma coisa. Acontece que não sou representante dos caminhoneiros. Sou
repórter. O que faço é dar voz aos caminhoneiros. Observe o trabalho que a
gente faz no Pé na Estrada e me responda: algum setor da imprensa dá mais
espaço para os caminhoneiros falarem do que a gente?
Fonte: Pé na Estrada
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