O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio
Botelho, afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo o trata como “bode
expiatório” em razão dos protestos que bloqueiam rodovias de todo o país nos
últimos dias.
O ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, informou que determinou à Polícia Federal a abertura de
inquérito para apurar suspeitas de locaute (greve patrocinada por empresários)
por parte de Botelho. O ministro dos Transportes, César Borges, disse que,
“como empresário”, Botelho “engendrou” paralisações. O advogado-geral da União,
Luís Inácio Adams, afirmou que Botelho tem 39 contratos com a Petrobras que
somam R$ 4 milhões mensais.
Botelho afirmou que não é
empresário, mas sim presidente de uma cooperativa de motoristas, a Cooperativa
Brasileira dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Cobrascam).
Ele confirmou que a entidade tem
contratos com a Petrobras, embora não saiba o valor exato e nem o número, mas
que disse se trata de uma cooperativa de caminhoneiros sem fins lucrativos. Ele
negou a prática de locaute.
“Em função da gravidade da
situação nas rodovias, o governo está querendo pegar alguém como bode
expiatório. Sou transportador autônomo, proprietário de um único veículo,
membro da diretoria de uma coopertativa de transporte de carga. É uma empresa
comercial, mas sem fins lucrativos. Essa informação de que estou comentendo
locaute é absurda. Estão querendo um bode expiatório, dizendo que sou
empresário”, disse Nélio Botelho.
Botelho disse ter sido informado
nesta quarta sobre decisão da Justiça Federal do Rio que bloqueou seus bens e
os do Movimento União Brasil Caminhoneiro em razão do descumprimento judicial à
decisão que ordenou o não bloqueio de estradas. Ele classificou a decisão como
“medida absurda”.
“Tomei conhecimento extraoficial
de que na sede do MUBC chegou uma medida judicial aplicando multa de R$ 6
milhões e mandando bloquear os bens do movimento e os do presidente. O
movimento não tem nenhuma receita, vive de doaçóes. O presidente, que sou eu, é
um caminhoneiro, pagando prestação de um único caminhão, ainda nem está no meu
nome. Onde vamos arrumar esse dinheiro?”
Ele informou que, após ser
notificado oficialmente, procurará advogados da
entidade para apresentação de recurso.
Nélio Botelho negou ser líder das
manifestações de protesto nas estradas. Ele afirmou que, como presidente do
Movimento União Brasil Caminhoneiro, coordena ações. A entidade reivindica,
disse, redução no preço do diesel e de pedágios.
“Essa greve foi proposta e
programada pela absoluta maioria dos caminhoneiros em todo o território
nacional. Eles [governo] elegeram o Movimento União Brasil Caminhoneiro como
ponto central da organização. Mas o governo está achando que sou líder, que sou
Deus. Como presidente do movimento, supervisiono, coordeno, mas as decisões
partem da maioria.”
Botelho diz ainda que o governo
está negociando com entidades que não fazem parte da paralisação e que
empresários do setor estão tentando “tumultuar”.
“Há empresários que estão
tentando sentar na mesa do governo para tumultuar tudo. Isso é esperado, é
natural que aconteça. Só quero destacar que o MUBC não tem envolvimento
político com quem quer que seja.”
Fonte:
G1
O GOVERNO FEDERAL ESTÁ DESVIRTUANDO OS REAIS MOTIVOS QUE LEVARAM OS CAMINHONEIROS A FAZEREM GREVE!!!
ResponderExcluirA Presidente Dilma, com apoio da mídia, está usando a paralisação da classe como "bode expiatório" para indiretamente ameaçar os outros movimentos públicos que estão ocorrendo no país, aplicando uma multa injusta de mais de 6 milhões de reais em cima da classe.
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