Levantamento do IPEA,
divulgado nesta quinta-feira (24), alerta para crescimento do uso do transporte
individual nas cidades.
O
percentual de domicílios brasileiros que dispõem de um automóvel ou motocicleta
para os deslocamentos cresceu nove pontos entre 2008 e 2012. Segundo dados do
Comunicado nº 161 – Indicadores de mobilidade urbana da PNAD, divulgado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), nesta quinta-feira (24), no
ano passado, o índice estava em 54%; há cinco anos, em 45%.
O carro, segundo o documento, ainda está em 45% dos lares urbanos. Nas áreas rurais, 28% dos domicílios têm esse tipo de veículo. Já as motos estão em 20% das moradias nas cidades e em 33% no interior dos municípios.
O Ipea afirma que há uma tendência de aumento na opção pelas motocicletas, “principalmente nas camadas mais pobres, em função dos menores preços dos veículos de baixa cilindrada”, e alerta para o risco de aumento nas estatísticas de acidentes de trânsito: “o problema da maior posse de motocicletas pelas famílias brasileiras é o correspondente aumento das vítimas de acidentes de trânsito. De acordo com os dados do Datasus, são mais de 12 mil mortes por ano de usuários de motocicletas – esse é o principal motivo de mortes por acidentes terrestres”, diz o comunicado.
Na análise por faixa de renda, o levantamento destaca que mesmo as camadas mais baixas começam a ter acesso a veículos próprios: entre as famílias com renda até ¼ de salário mínimo por pessoa, 28% têm um automóvel ou uma moto, o que representa um crescimento de 10 pontos porcentuais se comparado com a pesquisa de 2008.
Na avaliação do Instituto, os dados revelam uma mudança no padrão da mobilidade urbana no Brasil, com “aumento acelerado da taxa de motorização da população, o que significa mais acidentes de trânsito, maior poluição veicular e perda de tempo em função dos congestionamentos nos centros urbanos”.
Mas o cenário é distinto nas diferentes regiões brasileiras. Enquanto Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal têm o maior índice de posse de carro ou moto (que chega a 75% dos domicílios), os menores índices de motorização estão no Norte e no Nordeste. O menor percentual é de Alagoas, com 32,4%.
O reflexo dessa mudança nas cidades é o aumento do tempo de viagem. Entre as regiões metropolitanas analisadas, as de Belém, Salvador e Recife registraram o maior crescimento na duração dos percursos nos últimos 20 anos: 35%, 27,1% e 17,8%, respectivamente. Quem enfrenta o maior problema são moradores de municípios que ficam no entorno das capitais, onde, atualmente, cerca de 20% dos trabalhadores gastam mais de uma hora para se deslocar, o que pode ser reflexo do crescimento dessas áreas urbanas ou das dificuldades de acesso à mobilidade.
Para o Ipea, “com a adoção de determinadas políticas de priorização e investimento do transporte público no tráfego urbano , é possível que as viagens do transporte público sejam mais rápidas no futuro, beneficiando as famílias que não possuem veículos privados”
O carro, segundo o documento, ainda está em 45% dos lares urbanos. Nas áreas rurais, 28% dos domicílios têm esse tipo de veículo. Já as motos estão em 20% das moradias nas cidades e em 33% no interior dos municípios.
O Ipea afirma que há uma tendência de aumento na opção pelas motocicletas, “principalmente nas camadas mais pobres, em função dos menores preços dos veículos de baixa cilindrada”, e alerta para o risco de aumento nas estatísticas de acidentes de trânsito: “o problema da maior posse de motocicletas pelas famílias brasileiras é o correspondente aumento das vítimas de acidentes de trânsito. De acordo com os dados do Datasus, são mais de 12 mil mortes por ano de usuários de motocicletas – esse é o principal motivo de mortes por acidentes terrestres”, diz o comunicado.
Na análise por faixa de renda, o levantamento destaca que mesmo as camadas mais baixas começam a ter acesso a veículos próprios: entre as famílias com renda até ¼ de salário mínimo por pessoa, 28% têm um automóvel ou uma moto, o que representa um crescimento de 10 pontos porcentuais se comparado com a pesquisa de 2008.
Na avaliação do Instituto, os dados revelam uma mudança no padrão da mobilidade urbana no Brasil, com “aumento acelerado da taxa de motorização da população, o que significa mais acidentes de trânsito, maior poluição veicular e perda de tempo em função dos congestionamentos nos centros urbanos”.
Mas o cenário é distinto nas diferentes regiões brasileiras. Enquanto Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal têm o maior índice de posse de carro ou moto (que chega a 75% dos domicílios), os menores índices de motorização estão no Norte e no Nordeste. O menor percentual é de Alagoas, com 32,4%.
O reflexo dessa mudança nas cidades é o aumento do tempo de viagem. Entre as regiões metropolitanas analisadas, as de Belém, Salvador e Recife registraram o maior crescimento na duração dos percursos nos últimos 20 anos: 35%, 27,1% e 17,8%, respectivamente. Quem enfrenta o maior problema são moradores de municípios que ficam no entorno das capitais, onde, atualmente, cerca de 20% dos trabalhadores gastam mais de uma hora para se deslocar, o que pode ser reflexo do crescimento dessas áreas urbanas ou das dificuldades de acesso à mobilidade.
Para o Ipea, “com a adoção de determinadas políticas de priorização e investimento do transporte público no tráfego urbano , é possível que as viagens do transporte público sejam mais rápidas no futuro, beneficiando as famílias que não possuem veículos privados”
Agência
CNT de Notícias
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