terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ato em homenagem às vitimas do golpe de 64 será nesta terça em SP


O Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade (CNV) participa do Ato Sindical Unitário "O Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e o enfrentamento ao golpe de 64 – Homenagem aos Lutadores".
O evento acontece dia 1º de outubro às 9h30 no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo e é organizado pelo coletivo de apoio ao GT Trabalhadores, formado pela CTB e as demais centrais sindicais brasileiras. 
Serão ouvidos na audiência os depoimentos de Clodsmith Riani, líder sindical preso e torturado durante o golpe de 64, e de Raphael Martinelli, líder dos ferroviários na época e atual presidente do Fórum Permanente dos Ex-presos e perseguidos políticos de São Paulo. Outros depoimentos de integrantes do CGT serão exibidos em vídeo.
O objetivo é que o ato sindical seja uma homenagem aos militantes contrários ao regime militar e contribua para a construção da memória e verdade dos trabalhadores que enfrentaram o golpe de 1964 e apoiaram a legalidade do governo de João Goulart.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, afirmou que para a Central resgatar esta memória é fundamental para que as vítimas da ditadura sejam reconhecidos. "Este ato será importante não somente para homenagear os trabalhadores que lutaram pela democratização do país, mas para resgatar a noção de que os trabalhadores que foram vítimas do autoritarismo souberam, mesmo diante de um momento conturbado e controverso, lutar por um sonho possível". 
CGT
O Comando Geral dos Trabalhadores era uma organização trabalhista e sindical autônoma construída por trabalhadores. Surgiu em 1962 durante o IV Congresso Sindical Nacional dos Trabalhadores em São Paulo e permaneceu ativa durante o governo de Jango até o golpe de 1964.
Com objetivo de melhorar condições de trabalho e ampliar políticas visando mais justiça social e democracia, sindicalistas e trabalhadores lutavam intensamente por causas nacionais trabalhistas. O CGT alargou e aprofundou a participação sindical nas grandes questões nacionais da época.
Com caráter democrático e de luta contra forças autoritárias, o CGT tentou realizar uma greve geral pelas liberdades democráticas em 1964. Após o golpe, o Comando Geral dos Trabalhadores foi desarticulado e líderes da época foram durante perseguidos.
Trabalhadores na CNV
O GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical em parceria com as centrais sindicais brasileiras além de apurar as graves violações de direitos humanos de trabalhadores, investiga perseguições e políticas que provocaram desemprego dos trabalhadores.
Para cumprir o objetivo do GT, as centrais sindicais brasileiras procuram investigar 11 pontos relativos à repressão aos trabalhadores, conheça-os clicando aqui.
Serviço:
O quê: Ato Sindical Unitário "O CGT e o enfrentamento ao golpe de 64"
Quando: Terça-feira, 1º de outubro de 2013, às 9h30
Onde: Sindicato dos Engenheiros de São Paulo
Endereço: Rua Genebra, 25 (próximo a Câmara Municipal de São Paulo)

Fonte: Comissão Nacional da Verdade 


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