sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Estradas brasileiras têm placas em péssimo estado de conservação


Um problema grave nas estradas brasileiras são as placas de sinalização caindo aos pedaços. É o caso da BR-116, uma das rodovias mais importantes do Ceará, que liga o estado até o Rio Grande do Sul.  

As placas de sinalização são alvo de vandalismo e muitas estão completamente pichadas. 

Este ano foram 1.311 acidentes, 655 pessoas ficaram feridas e 69 morreram. Só no trecho mostrado pela reportagem do Bom Dia Brasil foram registrados 39 acidentes este ano. 

E não é só no Nordeste que a reportagem encontrou placas em péssimo estado de conservação. Um estudo comprovou que muitos motoristas no interior de São Paulo também sofrem com esse problema.

No interior de São Paulo, a rota do descaso. A região de Ribeirão Preto tem placas pichadas, sujas e amassadas. Falta informação para o motorista.

“Você não sabe o que está escrito. Sem pintura, sem nada. Aí fica difícil, viu?”, reclamou o motorista Celso Franco.

Na região de Campinas, a estrada que liga Cosmópolis a Limeira tem placas que dificultam a visão do motorista e aumentam o risco de acidentes.

“Já vi acontecer muitos acidentes por falta de sinalização; falta de placas, placas caídas”, contou um caminhoneiro.

O Código Nacional de Trânsito é claro: as placas devem ter boa visibilidade, conservação e devem estar bem localizadas. Mas a lei está a quilômetros da realidade.

Um estudo inédito percorreu as estradas em 19 cidades do interior de São Paulo para avaliar a qualidade da sinalização. Foram 80 horas de filmagem, milhares de fotos e uma conclusão: as placas danificadas pelo tempo ou pela depredação não têm a manutenção adequada em boa parte das rodovias.

O estudo da fundação Proteste, associação de defesa do consumidor, em parceria com a ONG Observatório Nacional de Segurança Viária, percorreu cidades da Região Metropolitana de Campinas.

“No geral todas elas estão bastante ruins, deterioradas, o que nos surpreende, principalmente porque algumas delas são rodovias expressas, têm pedágios”, avaliou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

À noite, um dos problemas mais comuns que o estudo identificou foi a falta de tinta refletiva nas placas. Para o especialista em trânsito José Almeida Sobrinho, a falta de fiscalização nas placas aumenta o perigo nas estradas. “Pode provocar acidente porque uma informação errada ou a falta de uma informação às vezes é o fator determinante de um acidente que pode até ser grave”.

No caso de São Paulo, o DER prometeu novas placas para os locais mostrados na reportagem até o fim do mês.


Fonte: Bom Dia Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário