As estradas sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) têm apenas uma balança a cada 753 quilômetros, para flagrar veículos que trafegam com excesso de peso. São apenas 77 unidades - 73 em funcionamento - na malha de 55 mil km de estradas mantidas pelo Dnit. Em 2011, a autarquia lançou edital para contratar mais 161 postos de pesagem, entre balanças fixas e móveis.
A licitação previa investimento de R$ 1,12 bilhão, mas foi cancelada. O prejuízo causado pela diminuição da vida útil do pavimento alcança R$ 1,7 bilhão por ano, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).Além de escassez de equipamentos o TCU apontou outros problemas como baixos valores das multas cobradas por excesso de peso e a falta de agentes habilitados para autuar os infratores também chamaram a atenção do tribunal.
O Dnit informou que pretende relançar em junho o edital para a contratação de mais postos de pesagem, mas com uma mudança importante: a nova concorrência será para balanças "high tech", inéditas no Brasil, que permitem auferir o peso de caminhões e ônibus em movimento. As balanças poderão detectar o excesso com os veículos trafegando na mesma velocidade permitida da estrada, dando mais agilidade à medição.
Para a NTC & Logística, associação de transportadores de cargas, há outras deficiências. "As balanças nem sempre funcionam 24 horas. Os motoristas sabem a hora em que devem passar para fugir da fiscalização", diz Neuto Reis, diretor- técnico da entidade. Ele também critica o fato de muitos equipamentos estarem desregulados, já que o certificado de aferição vale por 12 meses, período considerado muito longo.
Fonte: Do Valor Econômico
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