segunda-feira, 1 de abril de 2013

Novo aumento para o óleo diesel





Após o preço do diesel aumentar duas vezes desde o início deste ano, elevando consecutivamente os patamares do combustível aos valores máximos para R$ 2,29 e R$ 2,39 nos postos de Uberlândia, haverá mais um acréscimo a partir de segunda-feira. O novo reajuste, segundo prevê o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), deverá cobrar entre dois e cinco centavos a mais para o produto, puxando o maior preço nas bombas da cidade para o patamar de R$ 2,44 (diesel comum) e pesando no bolso, de imediato, de transportadoras e motoristas de carretas e vans particulares.
O terceiro aumento neste ano, diferentemente dos anteriores, pautados pelo alinhamento da Petrobras com os preços praticados pelo mercado internacional, decorre de tarifas maiores dos impostos incidindo sobre o diesel. Entre os tributos estão Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A incidência superior deste último tributo já estava acordada desde fevereiro, após determinação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), para todos os combustíveis.
O caso de Rodrigo Passos, dono de uma pequena transportadora que presta serviços para multinacionais de alimentos, exemplifica a forma como, envolvidos com logística, serão afetados imediatamente pela medida. Segundo ele, não há abertura para negociar fretes com um novo repasse por causa da tabela de preços estabelecida com os clientes. Assim, terá de arcar com o prejuízo durante quatro meses para tentar, no futuro, negociar alguma vantagem ou reajuste em um novo cronograma de trabalho. “É por isso que, hoje, há muitos caminhões particulares parados, pois não aceitam esse prejuízo”, disse.

Fora o impacto imediato, o vice-diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Marcelo Alcântara, lembra que, em longo prazo, o consumidor final também poderá ser atingido, se esse novo valor do diesel continuar nas bombas dos postos de combustíveis por muito tempo. “Em uma situação como essa, haverá repasse para os produtos consumidos, já que 80% dos transportes feitos no Brasil ocorrem por meio rodoviário, ou seja, com veículos que utilizam diesel”, disse.

Primeiro reajuste, registrado em janeiro, foi de 5,4%

O primeiro aumento do óleo diesel neste ano ocorreu em janeiro de 2013. Na época, a Petrobras reajustou o diesel em 5,4% em todo o Brasil e também a gasolina, cujo patamar de preço foi valorizado em 6,6%. Já no início de março, outro aumento foi declarado pela instituição, chegando a um patamar de mais 5% dependendo da região ou Estado do país.
E as distribuidoras já começaram a alertar os postos de combustíveis sobre o terceiro aumento do diesel. Em Uberlândia, o dono de um desses estabelecimentos instalado na avenida Antônio Thomaz Ferreira Rezende, Henrique Braga, disse que já foi avisado do acréscimo, mas ainda não tinha noção de quanto representaria. “Pode ser que, antes do dia 1º de abril, o aumento já seja repassado nas bombas”, disse.

Estabelecimentos das rodovias têm valores menores

No começo da semana, a reportagem do CORREIO de Uberlândia percorreu 12 postos de combustíveis de Uberlândia para pesquisar a média de preços cobrados atualmente pelo óleo diesel. Mantendo a base do último aumento, o maior valor encontrado foi de R$ 2,39, sendo o preço mais predominante nos estabelecimentos instalados na zona urbana. Já em postos localizados nas laterais das rodovias que cortam a cidade, o preço variou entre R$ 2,24 e R$ 2,28. Essa variação verificada entre postos urbanos e de rodovias ocorre, conforme o vice-diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Marcelo Alcântara, porque os primeiros têm saída menor do combustível e, por isso, compram até quatro centavos mais caro o produtos das distribuidoras. (Publicado no Jornal Correio de Uberlândia).

Fonte: Correio de Uberlândia

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