Morreram em acidentes de trânsito no Brasil 980.838
pessoas entre os anos de 1980 e 2011. Neste último ano, o país alcançou a maior
taxa de mortes por 100 mil habitantes desde que os dados começaram a ser
contabilizados. Foram 22,5 mortes por 100 mil habitantes, pico que já havia
sido alcançado em 1996, antes da criação do Código de Trânsito Brasileiro, que
logo depois começou a vigorar e contribuiu para a queda nas taxas.
Os dados são do Mapa da Violência 2013, acidentes
de trânsito e motocicletas, feita pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino
Americanos (Cebela).
As motos foram os maiores vilões da retomada da
violência no trânsito no Brasil, com crescimento de 742,5% nos últimos 15 anos.
Em 1996, morriam por acidentes de moto 0,9 pessoa por 100 mil habitantes. O
total cresceu para 7,6 mortes por 100 mil habitantes em 2011. No mesmo período,
as mortes em acidentes por automóvel também subiram, mas em proporção menor
(41,2%). Em 2011, morreram em acidentes de carro 6,5 pessoas por 100 mil
habitantes.
Desde 2008, as motos são as principais causadores
de morte no trânsito brasileiro. Tradicionalmente, os pedestres eram as maiores
vítimas. Em 1996, morriam 15,6 pedestres por 100 mil habitantes, total 17 vezes
maior do que os mortos em motos. Atualmente, as vítimas nas motocicletas é 25%
mais alta do que os que andam a pé.
“As instituições que por determinação legal
deveriam assumir a responsabilidade por uma mobilidade segura se eximem dela,
colocando a culpa nas vítimas”, disse o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz,
coordenador de Estudos sobre a Violência da Flacso e autor do relatório.
Entre os Estados, Tocantins lidera as taxas de
mortes no trânsito, com 37,9 mortes por 100 mil habitantes. É seguido por
Rondônia (37,5 por 100 mil), Mato Grosso (35,2), Piauí (34,7) e Mato Grosso do
Sul (34,7). O Paraná ocupa a sétima posição, com 32 mortes por 100 mil
habitantes. Nos casos de morte de motociclistas, o campeão é o Estado do Piauí,
com 30,4 mortes por 100 mil habitantes.
Fonte: Gazeta do Povo
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