Cristiano Façanha, do
ICCT Brasil, destaca que o metrô ainda é uma das melhores alternativas.
Os
chineses continuam buscando inovações para solucionar o problema da mobilidade
urbana nas grandes cidades. Ainda com a instalação em análise pelo governo
chinês, o projeto de um sistema de transporte – híbrido entre metrô e ônibus –
que trafega sobre trilhos, acima dos automóveis, chama a atenção e pode ser uma
alternativa eficaz aos engarrafamentos e transtornos à população.
No entanto, o coordenador das atividades do International Council on Clean Transportation (ICCT) no Brasil, Cristiano Façanha, alerta que a instalação de novos sistemas de transporte exige cautela. “Todas as soluções para aliviar o trânsito e melhorar a mobilidade urbana são bem-vindas. Mas as melhores práticas dependem de um bom planejamento urbano de longo prazo, com limites à construção descontrolada”, disse à Agência CNT de Notícias.
O Land Air Bus (vídeo), como é conhecido o modelo chinês, transporta até 1.200 passageiros distribuídos em quatro vagões. O veículo chega a atingir uma velocidade de 60 km/h e possui seis metros de largura por quatro metros de altura. Os trilhos são instalados nas extremidades das vias e carros de até dois metros de altura podem passar por baixo da estrutura.
Segundo a fabricante, empresa TBS, mais benefícios são a rapidez e o preço da construção dos veículos. Para construir 40 km de infraestrutura de linhas de metrô, seriam necessários três anos, enquanto a instalação do modelo chinês levaria apenas um ano. A TBS também afirma que o custo da obra é dez vezes mais barato.
Sobre a comparação com o metrô, Façanha destaca que as duas alternativas são bem diferentes em relação aos custos e benefícios. “Sistemas de metrô permitem um fluxo maior de passageiros, o que pode ser uma solução mais eficiente do que modelos de superfície. Com relação às informações da TBS sobre custos, são necessários estudos independentes para avaliar de forma imparcial todos os custos, benefícios e barreiras à implantação”, adverte.
De acordo com Façanha, Pequim, capital da China, construiu mais de dez linhas de metrô nos últimos dez anos, mais rápido que qualquer outra cidade do mundo. “Devido à grande densidade urbana e ao imenso fluxo diário de passageiros, nenhum outro sistema, além do metrô, viabilizaria tanta capacidade. Mas é possível que diferentes tipos de transporte possam existir de maneira sinérgica, especialmente quando as linhas e sistemas de pagamento são integrados”, explica.
Outro fator importante que deve ser avaliado é a segurança da operação, principalmente em sistemas ainda não testados. “O caso do Land Air Bus é delicado porque parece bem complexo sob o ponto de vista da engenharia, devido à integração com o fluxo de carros, ao funcionamento de estações ‘suspendidas’, e à curvatura e posicionamento dos trilhos”, alerta o especialista.
Exemplo brasileiro
Questionado sobre experiências bem sucedidas que podem servir de exemplos a outros países, Façanha elogia o modelo implantado em Curitiba (PR), onde o Sistema de Transporte Rápido por Ônibus, mais conhecido como BRT, é bastante utilizado. “A prioridade é um planejamento intergrado do uso do espaço urbano e do sistema de transporte. Curitiba é um exemplo internacional de como isso pode ser bem feito. É uma solução pertinho de casa”, finaliza.
No entanto, o coordenador das atividades do International Council on Clean Transportation (ICCT) no Brasil, Cristiano Façanha, alerta que a instalação de novos sistemas de transporte exige cautela. “Todas as soluções para aliviar o trânsito e melhorar a mobilidade urbana são bem-vindas. Mas as melhores práticas dependem de um bom planejamento urbano de longo prazo, com limites à construção descontrolada”, disse à Agência CNT de Notícias.
O Land Air Bus (vídeo), como é conhecido o modelo chinês, transporta até 1.200 passageiros distribuídos em quatro vagões. O veículo chega a atingir uma velocidade de 60 km/h e possui seis metros de largura por quatro metros de altura. Os trilhos são instalados nas extremidades das vias e carros de até dois metros de altura podem passar por baixo da estrutura.
Segundo a fabricante, empresa TBS, mais benefícios são a rapidez e o preço da construção dos veículos. Para construir 40 km de infraestrutura de linhas de metrô, seriam necessários três anos, enquanto a instalação do modelo chinês levaria apenas um ano. A TBS também afirma que o custo da obra é dez vezes mais barato.
Sobre a comparação com o metrô, Façanha destaca que as duas alternativas são bem diferentes em relação aos custos e benefícios. “Sistemas de metrô permitem um fluxo maior de passageiros, o que pode ser uma solução mais eficiente do que modelos de superfície. Com relação às informações da TBS sobre custos, são necessários estudos independentes para avaliar de forma imparcial todos os custos, benefícios e barreiras à implantação”, adverte.
De acordo com Façanha, Pequim, capital da China, construiu mais de dez linhas de metrô nos últimos dez anos, mais rápido que qualquer outra cidade do mundo. “Devido à grande densidade urbana e ao imenso fluxo diário de passageiros, nenhum outro sistema, além do metrô, viabilizaria tanta capacidade. Mas é possível que diferentes tipos de transporte possam existir de maneira sinérgica, especialmente quando as linhas e sistemas de pagamento são integrados”, explica.
Outro fator importante que deve ser avaliado é a segurança da operação, principalmente em sistemas ainda não testados. “O caso do Land Air Bus é delicado porque parece bem complexo sob o ponto de vista da engenharia, devido à integração com o fluxo de carros, ao funcionamento de estações ‘suspendidas’, e à curvatura e posicionamento dos trilhos”, alerta o especialista.
Exemplo brasileiro
Questionado sobre experiências bem sucedidas que podem servir de exemplos a outros países, Façanha elogia o modelo implantado em Curitiba (PR), onde o Sistema de Transporte Rápido por Ônibus, mais conhecido como BRT, é bastante utilizado. “A prioridade é um planejamento intergrado do uso do espaço urbano e do sistema de transporte. Curitiba é um exemplo internacional de como isso pode ser bem feito. É uma solução pertinho de casa”, finaliza.
Agência
CNT de Notícias
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