Produtores
de Mato Grosso estão preocupados com a falta de caminhões para transportar a produção
agrícola da safra atual. Por mais que os trabalhos estejam concentrados nos
campos, os agricultores temem prejuízos e gastos extras com a colheita da
safra, que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2014.
O presidente da Associação dos
Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, destaca
que a super produção da safra mato-grossense irá contribuir para a demanda
aquecida por caminhões. “A nossa safra cresceu de 15 milhões de toneladas para
25 milhões de toneladas nos últimos anos. Só a produção de milho passou de 7
milhões de toneladas para 22 milhões de toneladas em dois anos. Implicando na
necessidade de mais veículos paratransportar os grãos, levando em conta
que temos a rodovia como principal modal utilizado no estado”.
Ele afirma ainda que há uma competição entre os fretes curtos, que é da lavoura até os armazéns, e os fretes longos, dos armazéns aos portos brasileiros.
“Entre o frete curto e longo, a prioridade é para o longo. Isso acontece porque
não temos integração entre diversos modais de transportes”. Para o representante do
setor, a falta de caminhões continuará sendo um problema para os produtores
mato-grossenses até o momento em que sejam usado caminhões para o transporte
curto da produção, integrando com as barcaças e ferrovias nos trechos mais
longos.
O superintendente do Instituto
Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidôneo, acrescenta
que a elevação no preço do frete, devido o aumento da demanda, é comum neste
período. Ele avisa para os produtores ficarem atentos afim de evitar a alta
excessiva dos preços. O gasto para o transporte da produção representa 19% do
custo total da soja, por exemplo. Segundo o Imea, entre a safra 12/13 e 13/14
esse desembolso aumentou quase 17%, passando de R$ 44,33 por hectare para R$
44,33 por hectare.
Fonte: AgroDebate
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