Santarém, no oeste do Pará, pode ter até 2020, um fluxo anual de 40 mil carretas. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (30), pela coordenadora geral de gestão da informação da Secretaria dos Portos, Marina Pescatori, na reunião que discutiu o projeto de reurbanização da rodovia Santarém- Cuiabá (BR-163) no trecho urbano.
De acordo com o diretor da Companhia Docas do Pará (CDP), Manoel Nascimento, atualmente, mais de 2 mil carretas passam por mês pelo porto de Santarém. Para 2030, a previsão é que 70 mil caminhões por ano circulem pela cidade. “A gente vai ter uma quantidade de caminhões bem grande. Óbvio que a distribuição é sazonal por causa da safra, mas a gente tem que ter esse planejamento para que o caminhão acesse a área”, afirmou.
No encontro, estavam representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), da Secretaria dos Portos, do 8º Batalhão de Engenharia e Construção (8º BEC) e da Companhia Docas do Pará (CDP).
A reunião abordou, entre outros assuntos, a organização de carretas que utilizam o porto de Santarém e as alternativas propostas para que o aumento do fluxo das carretas não prejudique o trânsito na área urbana.
Para diminuir o tráfego desses veículos, a Secretaria Estadual de Portos pretende utilizar um terreno cedido pelo 8º Batalhão de Engenharia e Construção (8º BEC) para ser a Área de Apoio Logístico Portuário. Este espaço será destinado à regulação do tráfego de carretas, que seguirão em direção ao porto.
De acordo com a Marina Pescatori, o pólo de armazenagem e distribuição de produtos industrializados da Zona Franca de Manaus podem, inclusive, ser instalados nessa área.
“Estamos em fase de contratação de uma cooperação com a Universidade Federal de Santa Catarina, para que a gente faça um estudo aprofundado dessa área e não ter somente a possibilidade de ter um estacionamento de caminhões, caso tenha também a ampliação aqui, uma zona franca, também vai poder ser uma zona industrial, uma zona de armazenagem, tudo vai funcionar com as funcionalidades essa área de apoio logístico deverá ter”, informou.
A previsão de recurso gira em torno de R$ 30 milhões para implantação da área de apoio logístico. Com o estudo, deve haver uma licitação para implantar a área com prazo ainda não definido, segundo informou a coordenadora.
Obras na BR
Segundo informações divulgadas na reunião, o trecho que vai do porto até a entrada de Mojuí dos Campos, há aproximadamente 20 km de Santarém, também vai ser prolongado para dar funcionalidade ao projeto de logística. O prazo para que as obras comecem é 2014, com previsão de dois anos para a conclusão.
"A avenida Cuiabá do viaduto que pega o acesso do aeroporto para cá, vai demandar um pouquinho mais por conta da interferência, e vai ter que ser remanejada ali a demanda de distribuição de energia, as varandas que ocupam a faixa onde vai ser feita a intervenção, vai demandar um tempo maior", informou o diretor de planejamento e pesquisa do Dnit, José Florentino Caixeta.
Ainda segundo Caixeta, a obra que prevê a duplicação da BR-163, que será até próximo a entrada do 8º BEC, também deve iniciar a partir de 2014.
Outro viaduto
Como parte do planejamento para evitar o congestionamento de carretas dentro da área urbana, o prefeito de Santarém, Alexandre Von, informou que uma das propostas é aumentar as vias de acesso para o porto. "Nós estamos defendendo a implantação de um novo viaduto na avenida Cuiabá, na confluência com a avenida Moaçara, para permitir uma mobilidade mais fácil entre os dois lados da cidade".
Fonte: G1
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