A
carência de pessoal ao volante é mais um obstáculo no caminho de
desenvolvimento econômico do país, já que 62% do total
de cargas são transportadas via rodovias. “Olhando o mercado uns anos atrás, a
profissão de motorista era quase uma tradição familiar, passada de pai para
filho. Porém, com o crescimento da economia dos últimos 10 anos, os jovens
foram buscar outras oportunidades. Com isso, faltam profissionais”, analisa o
diretor executivo da CNT, Bruno Batista, para quem a nova lei agravou a
escassez. “Em percursos de longa distância, a empresa tem que colocar mais de
um motorista. Se um já está complicado…”, diz.
A estimativa da Confederação
Nacional do Transporte(CNT) aponta para uma carência de
aproximadamente 40 mil motoristas de caminhão e carreta em todo o país. O sinal, que
já era amarelo, ficou vermelho após a Lei 12.619/12, conhecida como Lei do
Motorista, que regulamenta a profissão, jornada de trabalho, tempo de direção e
descanso de 11 horas dentro do período de 24 horas.
Apagão
Com o risco iminente de um apagão
de mão de obra no setor, a Federação das Empresas de Transportes de Carga do
Estado de Minas Gerais (Fetcemg), o Sindicato das Empresas de Transportes de
Cargas do Estado de Minas Gerais (Setcemg), o Serviço Social do Transporte
(Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) firmaram uma
parceria com a Iveco, concessionária Deva e a Mercedes-Benz. Juntas, empresas,
autarquias e entidades ministram cursos para formação e aperfeiçoamento de
motoristas para o mercado de trabalho atual.
Segundo o dirigente do Sest
Senat, José Vicente Pinto Júnior, até agora foram treinados 315 profissionais
emcaminhão médio
e 1.150 alunos nos cursos voltados para carretas. Novas turmas começam em
outubro.
Fonte: Hoje em Dia
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