O impasse
é entre os trabalhadores avulsos do Porto de Santos e os executivos da Empresa
Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), mas quem sente o reflexo de
todos as decisões são os caminhoneiros.
Mais uma vez, eles formam filas
nas vias de acesso à Margem Esquerda (Área
Continental, na Ilha Barnabé) e ficam horas – e até dias- – parados, quando
poderiam estar trabalhando.
“Não temos nada com isso. Sou a
favor da manifestação, desde que ela não interfira no nosso trabalho, na nossa
vida”, desabafa o caminhoneiroMarcelino dos Santos, que ficou
parado na fila em direção à Embraport, nesta quinta-feira.
Segundo ele, ao invés de fazer
duas ou três viagens entre as margens do porto, ele, consegue fazer apenas uma.
“Um prejuízo diário de R$ 200,00″.
O caminhoneiro Luiz dos Reis
Lima, que há 20 anos percorre as estradas do país, aproveitou as horas
parado para tentar almoçar. “Não precisa prejudicar a nossa vida, o nosso
trabalho”, diz.
Ele presenciou o momento quando,
na noite de quarta-feira, invadiram o terminal. “Nunca tinha visto algo do
tipo. Lei é Lei e ela já os extinguiu”, pontuou. Ele faz trajeto
Santos-Interior todos os dias.
O motorista Carlos Sérgio, que entrou na
profissão há quase 3 anos, diz que ainda está entusiasmado com a profissão, mas
também condena a atitude dos trabalhadores avulsos em criar uma operação “siga
e pare”.
“Não tenho culpa que eles não
serão contratados. Não tem o que mudar mais, mas eles (os avulsos) não entendem
isso”.
Já o caminheiro Sérgio Togmi
também está há pouco tempo na área, mas garante “não cansa de trabalhar”.
Assim como os demais, ele
argumenta o parecer do novo Marco Regulatório dos Portos, em vigor desde o
último semestre, para mostrar a indignação. “Se está Lei, é preciso cumprir e,
principalmente, aceitar”, finalizou.
Fonte: A Tribuna
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