sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O impasse é outro, mas as vítimas são os caminhoneiros


 
O impasse é entre os trabalhadores avulsos do Porto de Santos e os executivos da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), mas quem sente o reflexo de todos as decisões são os caminhoneiros.
Mais uma vez, eles formam filas nas vias de acesso à Margem Esquerda (Área Continental, na Ilha Barnabé) e ficam horas – e até dias- – parados, quando poderiam estar trabalhando.
“Não temos nada com isso. Sou a favor da manifestação, desde que ela não interfira no nosso trabalho, na nossa vida”, desabafa o caminhoneiroMarcelino dos Santos, que ficou parado na fila em direção à Embraport, nesta quinta-feira.
Segundo ele, ao invés de fazer duas ou três viagens entre as margens do porto, ele, consegue fazer apenas uma. “Um prejuízo diário de R$ 200,00″.
O caminhoneiro Luiz dos Reis Lima, que há 20 anos percorre as estradas do país, aproveitou as horas parado para tentar almoçar. “Não precisa prejudicar a nossa vida, o nosso trabalho”, diz.
Ele presenciou o momento quando, na noite de quarta-feira, invadiram o terminal. “Nunca tinha visto algo do tipo. Lei é Lei e ela já os extinguiu”, pontuou. Ele faz trajeto Santos-Interior todos os dias.
motorista Carlos Sérgio, que entrou na profissão há quase 3 anos, diz que ainda está entusiasmado com a profissão, mas também condena a atitude dos trabalhadores avulsos em criar uma operação “siga e pare”.
“Não tenho culpa que eles não serão contratados. Não tem o que mudar mais, mas eles (os avulsos) não entendem isso”.
Já o caminheiro Sérgio Togmi também está há pouco tempo na área, mas garante “não cansa de trabalhar”.
Assim como os demais, ele argumenta o parecer do novo Marco Regulatório dos Portos, em vigor desde o último semestre, para mostrar a indignação. “Se está Lei, é preciso cumprir e, principalmente, aceitar”, finalizou.
Fonte: A Tribuna


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