A partir de janeiro,
quase quatro mil postos de combustíveis em todo o país estão obrigados a vender
o óleo diesel S10, menos poluente e com apenas 10 ppm (partes por milhão) de
enxofre. A mudança atende às exigências de uma resolução da Agência Nacional de
Petróleo (ANP). A nova categoria entra no mercado para substituir o S50, que
era uma etapa de transição obrigatória desde 1º de janeiro de 2012.
“Este
é um processo mais tranquilo, sob o ponto de vista operacional. Onde havia o
S50, todo o trabalho de adaptação já foi feito. Já estávamos recebendo o novo
combustível desde dezembro passado”, destaca à Agência CNT de Notícias o
diretor de postos de rodovia da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis
e Lubrificantes (Fecombustíveis), Ricardo Hashimoto.
Segundo
Hashimoto, em razão do baixíssimo teor de enxofre, o S10 exige maiores cuidados
durante o manuseio, para evitar a mistura com outros combustíveis. “É preciso
ter atenção em relação, principalmente, ao transporte entre a base
distribuidora e o posto. Existe uma preocupação ambiental e temos que vender
produtos com preço e qualidade”, explica.
Outra
preocupação diz respeito ao treinamento dos funcionários, para não permitir o
erro. “Quando chega no posto [o combustível S10], é preciso descarregar o produto
no tanque certo. E, depois, na bomba, quando o caminhão chegar, é preciso ter a
postura de perguntar qual o combustível desejado. Temos que primar por manter
os equipamentos em ordem, ter disciplina”, afirma Hashimoto.
Em
relação ao preço do S10, Hashimoto garante que, até o momento, não há notícias
de aumento. “Isso não quer dizer que não vai haver acréscimo”, adverte. No
entanto, ele explica que o S10 e o S50 têm preços diferenciados porque exigem
mudanças em relação ao custo logístico e à segregação de tanques, linhas,
caminhões e bombas. “Tudo isso exigiu investimento”, resume.
Para
o restante do ano, as expectativas dos empresários são positivas. “Em 2013, a
venda de veículos e caminhões deve voltar aos patamares normais e esperamos que
o mercado cresça ainda mais, que seja criado um círculo virtuoso. Com mais
veículos, os clientes vão buscar e mais posto vão aderir”, diz o diretor da
Fecombustíveis.
Benefícios
Em
nota, a ANP destaca os benefícios do novo combustível no mercado. “Com a
entrada do S10 no lugar do S50, haverá menos emissões de partículas nocivas na
atmosfera e, portanto, menos danos ambientais. Além disso, o S10 traz vantagens
na partida a frio, na redução da fumaça branca, na menor formação de depósitos
e no aumento da vida útil do lubrificante”, destaca.
Ainda
de aoordo com a ANP, à medida que a frota circulante for renovada haverá uma
melhora gradativa na qualidade do ar dos grandes centros urbanos. A Agência
garante que, por substituir integralmente o diesel S50, os municípios antes
abastecidos exclusivamente com o diesel S50 e as revendas varejistas, que
comercializavam esse produto, também passarão a receber o S10.
Fonte: Agência CNT de Notícias
Fonte: Agência CNT de Notícias
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