Com todo o respeito que merece dos brasileiros e da imprensa em geral, a presidente Dilma Rousseff classificar que é “ridícula” a possibilidade de o Brasil ter um apagão de energia não merece - ela sim, a afirmação - ser levada muito a sério.
Isso porque a realidade
mostra que, há anos, o Brasil carece de investimentos fortes em energia – salvo
as hidrelétricas em construção, mas tão contestadas em rodovias, portos,
aeroportos e outros setores fundamentais da logística nacional. O retorno do
feriadão de Ano-Novo do Litoral para outras cidades gaúchas, principalmente
Porto Alegre, foi a prova cabal de que não temos investimentos fortes para
solucionar os gargalos. Todos vão e voltam pelas mesmas rodovias estreitas e
que se afunilam na autopista Porto Alegre/Osório.
A rodovia BR-290 é o que há de mais moderno até hoje no Estado mas não consegue escoar a quantidade de veículos. São centenas de automóveis que entram em circulação a cada mês com os incentivos dados pelo governo federal – uma boa ideia para reativar a economia, mas que não teve qualquer planejamento para sustentá-la no plano rodoviário.
Aliás, planejamento é o que mais falta ao Rio Grande do Sul e ao Brasil há décadas, não é culpa deste governo. Sempre estamos correndo atrás dos problemas depois que eles nos causam todo tipo de dificuldades econômicas e sociais. No caso do feriadão, aconteceu o previsível, pois não é nenhuma novidade que, há anos e anos, os gaúchos vão para o Litoral Norte em datas festivas como o Natal e o Ano-Novo.
Antiga música de Carnaval dizia que “O Rio de Janeiro é cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz”. Hoje, temos, ainda que pontualmente, falta de água, de luz, de rodovias, de aeroportos e de tudo o mais que é importante.
Chegamos ao ponto de pessoas ficarem em seus automóveis e ônibus seis horas para chegar na ERS-030, onde veículos vindos de diversas praias se espremiam para alcançar a autoestrada Porto Alegre-Osório, a BR-290. E, convenhamos, aconselhar as pessoas a adiarem o retorno, a não usarem esta ou aquela rodovia, a voltarem antes ou depois do horário a que estão acostumadas não resolve.
Algo tem que ser feito, alguém tem que tomar decisões neste País em cima dos problemas. Planejar e executar por governos seguidos é o que mais se precisa. Basta de nomes pomposos para programas que nunca saem do papel e esbarram em dezenas de ministérios ou secretarias onde o que mais importa é o famoso, “ao ou cumpra-se, execute-se, informe-se, publique-se“ e, na prática, apenas correm os anos, não as realizações.
E que não se venham com as frases de efeito como “foi algo pontual, episódico, uma situação atípica de Ano-Novo”. Obviamente que foi, mas sempre teremos o Natal e o Ano-Novo.
Além disso, e piorando o quadro em que pessoas levaram até 10 horas para vir de Torres, Capão da Canoa, Cidreira, Pinhal, Imbé e Tramandaí a Porto Alegre temos os irresponsáveis ao volante. A correria é a tônica, e o ziguezague nas pistas também. A irritação tomou conta de milhares de gaúchos nesta troca de ano, embora a tradição de se pedir paz e almejar somente o melhor para nós, nossa família, amigos e parentes. É a sensação que ficou.
Fonte:Jornal do Comércio – RS
A rodovia BR-290 é o que há de mais moderno até hoje no Estado mas não consegue escoar a quantidade de veículos. São centenas de automóveis que entram em circulação a cada mês com os incentivos dados pelo governo federal – uma boa ideia para reativar a economia, mas que não teve qualquer planejamento para sustentá-la no plano rodoviário.
Aliás, planejamento é o que mais falta ao Rio Grande do Sul e ao Brasil há décadas, não é culpa deste governo. Sempre estamos correndo atrás dos problemas depois que eles nos causam todo tipo de dificuldades econômicas e sociais. No caso do feriadão, aconteceu o previsível, pois não é nenhuma novidade que, há anos e anos, os gaúchos vão para o Litoral Norte em datas festivas como o Natal e o Ano-Novo.
Antiga música de Carnaval dizia que “O Rio de Janeiro é cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz”. Hoje, temos, ainda que pontualmente, falta de água, de luz, de rodovias, de aeroportos e de tudo o mais que é importante.
Chegamos ao ponto de pessoas ficarem em seus automóveis e ônibus seis horas para chegar na ERS-030, onde veículos vindos de diversas praias se espremiam para alcançar a autoestrada Porto Alegre-Osório, a BR-290. E, convenhamos, aconselhar as pessoas a adiarem o retorno, a não usarem esta ou aquela rodovia, a voltarem antes ou depois do horário a que estão acostumadas não resolve.
Algo tem que ser feito, alguém tem que tomar decisões neste País em cima dos problemas. Planejar e executar por governos seguidos é o que mais se precisa. Basta de nomes pomposos para programas que nunca saem do papel e esbarram em dezenas de ministérios ou secretarias onde o que mais importa é o famoso, “ao ou cumpra-se, execute-se, informe-se, publique-se“ e, na prática, apenas correm os anos, não as realizações.
E que não se venham com as frases de efeito como “foi algo pontual, episódico, uma situação atípica de Ano-Novo”. Obviamente que foi, mas sempre teremos o Natal e o Ano-Novo.
Além disso, e piorando o quadro em que pessoas levaram até 10 horas para vir de Torres, Capão da Canoa, Cidreira, Pinhal, Imbé e Tramandaí a Porto Alegre temos os irresponsáveis ao volante. A correria é a tônica, e o ziguezague nas pistas também. A irritação tomou conta de milhares de gaúchos nesta troca de ano, embora a tradição de se pedir paz e almejar somente o melhor para nós, nossa família, amigos e parentes. É a sensação que ficou.
Fonte:Jornal do Comércio – RS
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