quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ALERTA PARA A FISCALIZAÇÃO DA LEI 12.619 DA JORNADA DO MOTORISTA



A fiscalização da aplicação da Lei 12.619, que regulamenta a jornada do motorista, está em andamento, isso porque a Resolução 417 do Contran, que definia a verificação da adequação à legislação apenas em locais com condições de parada dos motoristas para descanso foi suspensa pela Justiça Federal, no dia 21 de dezembro do ano passado. O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Santa Catarina (FETRANCESC), Pedro Lopes, havia alertado aos empregadores para a necessidade de aplicar a lei, já que a fiscalização dentro das organizações empresariais pode ocorrer a qualquer hora e se os documentos dos motoristas não apresentarem os descansos previstos na lei, haverá multa, pois a lei está em vigor desde junho.

E agora, nas estradas e vias urbanas, a qualquer hora poderá ocorrer uma abordagem aos condutores de veículo de carga e de passageiros. E aqueles que não descansaram os 30 minutos a cada quatro horas de direção, uma hora para a refeição e onze horas de descanso a cada 24 horas, além de estar desrespeitando as normas e passível de multa, terá de cumprir a parada. Será fiscalizado também via tacógrafos, que são itens obrigatórios de cada veículo. Pedro Lopes ressaltou que a fiscalização em andamento completa a aplicação da lei que vale desde o fim do primeiro semestre do ano passado.
A suspensão foi resultado de uma Ação Civil Pública encaminhada pela Procuradoria Regional do Trabalho do Distrito Federal, pelos procuradores Paulo Douglas de Moraes e Alessandro dos Santos Miranda, do Mato Grosso e Brasília, respectivamente. Segundo Paulo Douglas agora, com esta suspensão, foi "estabelecida a ordem natural do estado legítimo de justiça da Lei 12.619. Agora, temos plenas condições para tornar a lei do descanso regular".

"Esperamos que com a fiscalização, haja uma redução de acidentes e mortes nas estradas, que é um dos preceitos da Lei", salienta o procurador. O procurador Paulo Douglas alerta que o Ministério Público do Trabalho "estará atento a eventuais resistências ilegítimas à aplicação da lei que serão objeto de enfrentamento imediato do MPT", finaliza. 

Fonte: Setcergs

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