segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

RADAR PODE REDUZIR ACIDENTES



O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou, ontem (1º), à reportagem de O Diário, que está em processo licitatório a compra de equipamentos redutores de velocidade para a Rodovia Mogi-Dutra (SP-88), além das demais estradas que compõem a malha viária estadual. A necessidade de uma intervenção no trecho de serra, no sentido de obrigar o motorista a andar mais lentamente, ficou ainda mais evidente depois que, em 10 dias, dois acidentes envolvendo caminhões foram registrados na altura do Jardim Aracy, demonstrando a insegurança do local e a total falta de responsabilidade por parte de quem dirige.

No último dia 21 de janeiro, o motorista de um guindaste de quase 70 toneladas, que seguia sentido Mogi, perdeu o freio na descida da serra e bateu em três veículos, derrubou postes de iluminação, invadiu um posto de gasolina, atravessou o canteiro central e parou a alguns metros de uma ribanceira. Já anteontem, um caminhão basculante, que também perdeu o freio, atingiu três veículos. Felizmente, em ambos os casos não houve vítimas fatais.

Porém, de acordo com o DER, atualmente o processo de aquisição dos radares eletrônicos “encontra-se adiado sine die”, ou seja, por tempo indeterminado, até o julgamento do recurso imposto por uma das empresas participantes da licitação sobre o edital.

Enquanto isso, quem trabalha, utiliza ou mora nas imediações do início da Mogi-Dutra espera pelo pior, por uma tragédia anunciada. Segundo um caminhoneiro que estava parado em um restaurante e que preferiu não se identificar por medo de retaliação, falta fiscalização sobre as condições dos caminhões que trafegam pela estrada. “A gente sabe como funciona. Eles circulam em péssimo estado, com pneus carecas, motores ruins, sistema de freio gasto, enfim, sem a menor condição de andar. Conheço alguns motoristas que possuem veículos deste porte da década de 60 e que rodam sem manutenção. É claro que um caminhão, carregado, portanto pesado, perde o freio no trecho de serra, que é descida, porque não aguenta mesmo e daí desemboca aqui no início da estrada, causando os acidentes”, explicou o motorista.

Já para o gerente de um posto de gasolina no km 1,5, Paulo Gorrera, cabe aos motoristas uma maior conscientização sobre o limite de velocidade. “A gente vê que eles passam aqui correndo demais, sem a menor preocupação, inclusive os caminhões que não podem passar por esse trecho da rodovia, mas circulam. Eles estão em uma velocidade tão alta que não conseguem frear para entrar na curva da Estrada do Pavan, que é a pista que eles podem usar”, destaca Gorrera.

A Secretaria Municipal de Transportes informa que existe um equipamento de fiscalização eletrônica instalado próximo ao Torii (portal) que, em 2012, registrou 624 multas a veículos que desrespeitaram a determinação. A atuação tem valor de R$ 85,13, com quatro pontos na carteira de motorista.

A Pasta diz, ainda, que “qualquer medida só terá total eficácia se contar com a conscientização dos motoristas sobre a importância de respeito à legislação de trânsito e sobre a manutenção correta dos veículos”.

Fonte: O diario

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