O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou, ontem (1º),
à reportagem de O Diário, que está em processo licitatório a compra de
equipamentos redutores de velocidade para a Rodovia Mogi-Dutra (SP-88), além
das demais estradas que compõem a malha viária estadual. A necessidade de uma
intervenção no trecho de serra, no sentido de obrigar o motorista a andar mais
lentamente, ficou ainda mais evidente depois que, em 10 dias, dois acidentes
envolvendo caminhões foram registrados na altura do Jardim Aracy, demonstrando
a insegurança do local e a total falta de responsabilidade por parte de quem
dirige.
No último dia 21 de janeiro, o motorista de um guindaste de quase
70 toneladas, que seguia sentido Mogi, perdeu o freio na descida da serra e
bateu em três veículos, derrubou postes de iluminação, invadiu um posto de
gasolina, atravessou o canteiro central e parou a alguns metros de uma
ribanceira. Já anteontem, um caminhão basculante, que também perdeu o freio,
atingiu três veículos. Felizmente, em ambos os casos não houve vítimas fatais.
Porém,
de acordo com o DER, atualmente o processo de aquisição dos radares eletrônicos
“encontra-se adiado sine die”, ou seja, por tempo indeterminado, até o
julgamento do recurso imposto por uma das empresas participantes da licitação
sobre o edital.
Enquanto
isso, quem trabalha, utiliza ou mora nas imediações do início da Mogi-Dutra
espera pelo pior, por uma tragédia anunciada. Segundo um caminhoneiro que
estava parado em um restaurante e que preferiu não se identificar por medo de
retaliação, falta fiscalização sobre as condições dos caminhões que trafegam
pela estrada. “A gente sabe como funciona. Eles circulam em péssimo estado, com
pneus carecas, motores ruins, sistema de freio gasto, enfim, sem a menor
condição de andar. Conheço alguns motoristas que possuem veículos deste porte
da década de 60 e que rodam sem manutenção. É claro que um caminhão, carregado,
portanto pesado, perde o freio no trecho de serra, que é descida, porque não
aguenta mesmo e daí desemboca aqui no início da estrada, causando os
acidentes”, explicou o motorista.
Já
para o gerente de um posto de gasolina no km 1,5, Paulo Gorrera, cabe aos
motoristas uma maior conscientização sobre o limite de velocidade. “A gente vê
que eles passam aqui correndo demais, sem a menor preocupação, inclusive os
caminhões que não podem passar por esse trecho da rodovia, mas circulam. Eles
estão em uma velocidade tão alta que não conseguem frear para entrar na curva
da Estrada do Pavan, que é a pista que eles podem usar”, destaca Gorrera.
A
Secretaria Municipal de Transportes informa que existe um equipamento de
fiscalização eletrônica instalado próximo ao Torii (portal) que, em 2012,
registrou 624 multas a veículos que desrespeitaram a determinação. A atuação
tem valor de R$ 85,13, com quatro pontos na carteira de motorista.
A
Pasta diz, ainda, que “qualquer medida só terá total eficácia se contar com a
conscientização dos motoristas sobre a importância de respeito à legislação de
trânsito e sobre a manutenção correta dos veículos”.
Fonte: O diario
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