Com a
reserva de mil contêineres vazios transportados pelo Sindicato dos
Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (Sindicam)
por mês, chega ao fim a disputa entre a categoria e a Libra Terminais Santos.
O pagamento de estadias, outro pleito dos
profissionais, também foi acertado, desde que aempresa seja a única responsável pelo atraso da
operação.
O acordo
entre o Sindicam e a Libra Terminais Santos foi firmado no início da noite da
última segunda-feira, após uma reunião que durou cerca de três horas e
aconteceu na sede da Secretaria de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos.
As decisões passaram a valer ontem. Imediatamente,
os caminhoneiros desfizeram a tenda que estava armada na Bacia do Mercado, no Canal 4, onde estavam reunidos desde a última
quarta-feira.
A lista
de reivindicações do Sindicam tem dois pontos principais. O primeiro é a
reserva de mercado para o transporte dos contêineres vazios operados na
instalação. Para a empresa, atender a esta demanda significava um prejuízo nas
operações.
O acordo prevê que, por mês, mil caixas metálicas
deverão ser reservadas para o transporte do Sindicam. Também foi acertado qeue
a Libra só aceitará veículos que estiverem em plenas condições de trafegar no
costado e efetuar carga e descarga através de portêineres
(equipamentos que transportam contêineres entre o navio e o cais). O estado de
conservação dos caminhões foi criticado pela empresa.
Sobre o
pagamento da estadia, o acordo diz que, se o caminhoneiro permanecer por mais
de duas horas no terminal, será cobrado 1/6 do valor do frete. No entanto, a
Libra só se compromete a pagar se for comprovada sua responsabilidade no
atraso.
O diretor
financeiro do Sindicam, Alexssandro Vasconcelos Freitas, classificou o acordo
como “produtivo”. Segundo ele, as decisões não prejudicam nenhuma das partes.
“Bom não está, mas também não está ruim. Para quem não tinha nada, agora temos
uma boa condição. Os itens mais polêmicos foram atendidos e, para nós, isso foi
muito bom”, explicou.
O acordo
só valerá caso não haja novos movimentos de caminhoneiros autônomos contra a
empresa. A ideia é impedir novas paralisações nas operações da Libra Terminais.
Por este
motivo, os processos judiciais, que estavam em andamento desde que as
manifestações começaram, foram encerrados. Um deles estabelecia a multa diária
de R$ 150 mil em caso de bloqueio da entrada da instalação. A mesma liminar
também mantinha bloqueadas as contas do Sindicam.
Fonte: Jornal A Tribuna
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