Caminhoneiros de todo o
país foram flagrados dirigindo por muitas horas sem descansar. Estavam na
estrada há mais tempo do que o permitido por lei.
Quando
foi parado na blitz, um caminhoneiro de São Luís, no Maranhão, dirigia há 17
horas seguidas. Por lei, a jornada desses motoristas deve ser de oito horas,
com descanso de 30 minutos a cada quatro horas. Também deve haver um intervalo
de 11 horas entre uma jornada e outra, realidade bem diferente no dia a dia.
Não
foi difícil encontrar problemas. Pelo levantamento preliminar, em quatro horas,
foram parados mais de mil caminhoneiros em todo país, sendo que 90% deles
estavam irregulares. Alguns se mostraram surpresos, como em Cascavel, no
Paraná, que trabalhava sem o tacógrafo, equipamento que possibilita o cálculo
da jornada detrabalho. Segundo Ademir Nazário, a culpa é da
empresa. “Eles falaram pra mim que nada está vigorado. Há uma tolerância de 6
meses”, diz.
A
lei com as novas regras já está em vigor, mas uma resolução do Conselho
Nacional de Trânsito determina que os motoristas só sejam multados a partir de
março do ano que vem, prazo para que o governo apresente uma lista de rodovias
que tenham paradas de descanso adequadas.
Apesar
disso, o Ministério Público diz que vai pedir a abertura de ações na Justiça
contra as transportadoras que tiveram caminhões flagrados em situação
irregular. “A lei está em vigor. A lei precisa ser respeitada, a lei precisa
ser cumprida, e nós não vamos abrir mão de exercer a nossa atribuição”, afirma
Luís Camargo, procurador-geral do Trabalho.
Fonte:Jornal o Globo
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