No dia 6 de dezembro, o asfalto cedeu, e o trânsito
é desviado por vias estreitas e com fiação elétrica baixa
Mais de um mês depois, o buraco aberto na Av. Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste) por causa de uma obra relacionada à recuperação de tubulação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) não apenas tem causado grandes engarrafamentos por causa dos desvios, mas a população na área do bairro Jacarecanga tem sofrido com o grande fluxo de carros e o impacto no comércio local.
Mais de um mês depois, o buraco aberto na Av. Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste) por causa de uma obra relacionada à recuperação de tubulação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) não apenas tem causado grandes engarrafamentos por causa dos desvios, mas a população na área do bairro Jacarecanga tem sofrido com o grande fluxo de carros e o impacto no comércio local.
Como o buraco se estende por toda a largura da via no sentido Barra do Ceará-Centro, o trânsito foi interditado, forçando os motoristas a fazer conversão à direita na Rua Santa Rosa. Entretanto, a via é estreita e, além da grande quantidade de veículos, caminhões de grande porte trafegam no local e causam prejuízos e lentidão no deslocamento.
Dona de uma loja de autopeças na esquina onde é feito o desvio de veículos, a comerciante Patrícia Pires reclama do risco de acidentes. Na última sexta-feira (3), uma carreta derrubou uma coberta sobre a calçada do estabelecimento ao fazer a curva. "A calçada já está toda quebrada com o movimento dos caminhões. E com o desvio, as vendas caíram demais. Muitos comércios estão fechando por esses lados", disse.
A destruição dos passeios também incomoda o ambulante Jeová Lima. "Aqui está cheio de buraco. Os caminhões estão destruindo as calçadas e o comércio acabou", reclama. Segundo ele, também é comum os caminhões puxarem a fiação elétrica da área, que cruza as ruas numa baixa altura. Há um mês, o Diário do Nordeste esteve no local e flagrou fios arrancados por um veículo de grande porte na Rua Pedro Artur, paralela à Av. Leste-Oeste, o que deixou os moradores sem energia.
O motorista de caminhão Wellington Lopes passa todos os dias pelo local e reconhece o risco. "O problema é que é estreita, não tem espaço, e os fios são baixos. Está muito complicado por causa do buraco", diz. Já o gráfico Valdo Sousa tem um incômodo ainda maior. Ele mora na área interditada e precisa aguardar a liberação da via para sair de casa com o carro.
Desvio
De acordo com o gerente de operações da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Disraeli Brasil, os caminhões não devem trafegar por vias como a R. Santa Rosa. "O desvio feito por causa do buraco é feito pela Av. Francisco Sá, que deve ser acessada pela Av. Pasteur", disse. Ele explicou que a responsabilidade pela sinalização dos desvios é da Cagece.
Com relação à fiscalização na área, Brasil diz que não há como manter agentes ao longo do desvio, mas existe uma equipe de plantão na Av. Pasteur, que, eventualmente, precisa se deslocar para outras ocorrências.
Até mesmo os operários da obra estão insatisfeitos com a situação. "Aquele buraco não tem nada a ver com a gente, é com a Cagece. A gente está só esperando que eles tapem para concluirmos o serviço", afirma um funcionário da empresa contratada para executar a intervenção.
O buraco foi aberto no dia 6 de dezembro na altura da Rua Francisco Cordeiro, em um trecho ainda não recuperado da obra do Interceptor Oceânico Oeste. Segundo a Cagece, o problema será solucionado em março, quando os trabalhos de recuperação de mil metros de tubulação terminarem. Atualmente, os serviços estão 80% concluídos.
A companhia informou que "a obra está sendo realizada de dia e de noite, sendo concentrado o trabalho com os maiores equipamentos no período noturno, para interferir o menos possível no trânsito". Segundo o órgão, a intervenção é "pioneira na América do Sul, pois utiliza a tecnologia do CIPP, abreviação para o inglês cured-in-place pipe e com o método não destrutivo, em que é evitado, ao máximo, a escavação e a interdição da via". A obra custará R$ 12,2 milhões.
Fonte: Diario do Nordeste
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