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Maiores salários, cursos de aprimoramento profissional e folgas semanais para ficar com família. Esses são apenas alguns dos desejos listados por carreteiros ao serem questionados sobre quais atitudes uma empresa pode tomar para valorizar o quadro de motoristas contratados. "As empresas poderiam melhorar o nosso salário, investir em treinamentos para nos capacitar e nos instruir a respeito das novas tecnologias embarcadas; oferecer assistência médica e odontológica que funcione - e extensiva aos nossos familiares", afirma João Evaldo, carreteiro de 51 anos de idade e há 24 na profissão. Evaldo diz também ser necessário a aplicação de uma jornada diária de trabalho menos intensa, ou "mais justa e humana", como ele próprio define, além da inclusão do pagamento de horas extras sempre quando solicitado ao motorista o cumprimento de viagens fora do horário de trabalho acordado.
Edson Souza, ex-autônomo e
profissional contratado há mais de 15 anos, entende muito bem a insatisfação
do colega João. "O salário está muito defasado, por isso o primeiro
passo para mudar essa situação é aumentar o piso, depois gostaria que tivéssemos
descansos de três ou quatro dias para podermos ficar com nossas
famílias", diz Edson. Segundo o Sindicargas (Sindicato dos Trabalhadores
em Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas Secas e Molhadas, Empresas
de Logística no Ramo de Transporte de Cargas de São Paulo e Itapecerica da
Serra) o piso salarial de
um motorista carreteiro hoje é de R$ 1.262,21. Para Souza, se a situação não
mudar, o desinteresse pela profissão tende a aumentar com o passar dos anos.
"Vejo por aí muitos amigos que preferem ficar com o caminhão parado a
trabalhar", reforça o carreteiro.
Atualmente, o setor de transporte
rodoviário de cargas sofre com a falta de 120 mil motoristas no mercado,
segundo pesquisa divulgada no ano passado pela NTC & Logística
(Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística). O desinteresse dos
jovens pela profissão e a exigência das empresas por condutores preparados,
especializados e qualificados para dominar as tecnologias inclusas nos novos
caminhões são os grandes motivos da carência.
Conscientes disso, companhias têm
praticado ações, programas e encontros para valorizar seus motoristas,
oferecendo cursos,
planos de carreira e premiações. A Transportadora Americana (TA) é uma delas.
De acordo com Márcio Bezerra, gerente de RH da empresa, o investimento em
colaboradores é retorno garantido na hora de conquistar as metas
estabelecidas. "Acreditamos que uma gestão participativa, contribui para
o fortalecimento da relação empresa X colaborador e para um ambiente
inovador", explica Bezerra.
De acordo com o executivo, as
iniciativas promovidas pela TA visam desenvolvimento profissional do
motorista, retenção do funcionário na empresa, prevenção de acidentes nas
estradas e incentivo pela frequência no trabalho e por apresentação de bons
resultados. "Grande parte de nossos profissionais iniciou suas
atividades na empresa em cargos operacionais e hoje participam das decisões
estratégicas da transportadora. Nossos motoristas são treinados
periodicamente por uma equipe especializada de monitores e instrutores. No
mesmo intuito, temos o programa ValeR (Valorização e Reconhecimento) que
possibilita ascensão de carreira desde sua admissão", reforça o gerente.
A Júlio Simões Logística (JSL), por
sua vez, diz incentivar os motoristas da a trocarem a categoria da CNH. Com
auxílio nos custos desembolsados durante o processo. O objetivo da iniciativa
é contribuir para a evolução da carreira dos profissionais na medida em que são
preparados para conduzir veículos maiores e mais pesados. Outros pontos
destacados pela empresa são o oferecimento das vagas que surgem primeiramente
aos profissionais da casa antes de serem divulgadas ao mercado; o Programa de
Valorização da Família, que apóia a indicação de familiares para trabalhar na
empresa, e campanhas de alerta direcionadas aos motoristas sobre cuidados
pessoais, de saúde e alimentação. Incentivos como premiações por cumprimento
de prazos de entrega e redução do consumo de combustível, além do programa de
participação nos resultados (PLR) também estão na lista de benefícios da JSL.
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Fonte: O carreteiro
esse salario de motorista carreteiro e desmotivador e injusto.
ResponderExcluirEu sou motorista de hr mais gostaria de saber quais sao meus direito e horario?.pois meu patrao faz eu trabalhar de mais alem de motorista eu fasso tudo.e nao tem horarios tem dias q saio 10horas da noite e nao ganho hora extra.e ate feriado e no sabado o dia todo.mt desgastante.quero saber o q devo fazer?
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