sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Processo licitatório está na fase final


 

Plano com dados sobre circulação de cargas vai apontar outras vias onde o tráfego desses veículos será reduzido

A grande concentração de veículos de passeio misturados a centenas de caminhões com três eixos circulando em horários de pico são grandes geradores de engarrafamentos. Aliado a isso, a carência de ciclovias aumenta o número de motocicletas. Na intenção de reduzir essa problemática, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), em parceria com o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), analisa a fase final da licitação do Plano Cicloviário e de Circulação de Cargas na Capital.


Pesquisa realizada pela AMC, neste ano, revela que as vias onde a situação é mais crítica são a Raul Barbosa, Dom Manuel, Aguanambi, Domingos Olímpio, Via Expressa e Castello Branco (Leste-Oeste) FOTO: VIVIANE PINHEIRO

A AMC realizou, no início do ano, uma pesquisa sobre o volume de caminhões que circulam em horários de pico em seis trechos da Capital. De acordo com a avaliação do órgão, a situação mais crítica ocorre em um trecho correspondente a dois quilômetros, localizado entre as avenidas Raul Barbosa, Murilo Borges até o viaduto da Alberto Craveiro. Entre 17h e 19h, a AMC contabilizou 269 caminhões com três eixos ou mais apenas no sentido Norte-Sul.

Segundo o chefe do Núcleo de Trânsito da AMC, Arcelino Lima, a partir dessa avaliação, o órgão tem como provar a necessidade urgente de se ampliar a restrição da circulação de caminhões para outras sete vias na Capital, são elas: Raul Barbosa, Dom Manuel, Aguanambi, Domingos Olímpio, Via Expressa e Castello Branco (Leste-Oeste). Ainda conforme ele, a restrição vale para caminhões com três eixos ou mais, os quais não poderão circular de 6h às 8h30 e de 17h às 19h, sob pena de multa.

Medida

Entretanto, segundo ele, antes que a medida seja aplicada de uma forma impositiva, é preciso construir um plano que não prejudique nem os caminhoneiros nem as empresas que dependem do serviço. "Antes de tudo, é preciso oferecer estacionamento onde esse carros possam esperar o horário permitido de circular na via e definir com cuidado os horários de circulação", afirma Lima.

Outra licitação em fase final é a do Plano Cicloviário de Fortaleza. A cidade tem 30 quilômetros de ciclovias e, com a ampliação, terá 67. Mas, tudo, conforme Lima, ficará para a próxima gestão realizar. Ele adianta que o projeto será financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

FIQUE POR DENTRO
Proibição existe desde 2010 em Fortaleza

Desde o dia 1º de março de 2010, a circulação de caminhões com tara (peso do veículo somado dos pesos da carroçaria e dos seus equipamentos) acima de 2,5 toneladas, em dias úteis, das 6h às 20h, está proibida nos bairros Aldeota, Dionísio Torres, Meireles e Varjota.

As exceções são para caminhões que transportam água para hemodiálise, gás de cozinha, betoneiras para a construção civil, caminhões de mudança, recolhimento de lixo a serviço da administração pública, carros de reparo de redes de energia, água, esgotos e telecomunicações.

A infração, em caso de descumprimento, é considerada grave. A multa para quem cometer a violação é de R$ 85,00 e quatro pontos na carteira de habilitação. Caso o condutor se recuse a cumprir a determinação, os agentes de trânsito são autorizados a remover o veículo. De acordo com o Detran, a frota de caminhões corresponde a 2,5% da frota total da cidade.

Mais informações:
Para conferir o mapa com as ruas onde já existe restrição no tráfego de caminhões e as vias que também poderão ser alteradas acesse www.diariodonordeste.com.br


Fonte: Diario do Nordeste

 

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