terça-feira, 17 de abril de 2012

O valor de ser caminhoneiro


Em homenagem a ele, entrevistamos sete profissionais do volante que retratam opiniões e sonhos de boa parte da classe.

No Dia 25 de julho é comemorado o Dia do Motorista, e também o Dia do Caminhoneiro. A categoria é lembrada na data em que se homenageia São Cristóvão, o padroeiro deste profissional. Esse dia foi instituído no Brasil por meio do Decreto nº. 63.461, de 21 de outubro de 1968. A associação se deve ao fato de Cristóvão ter sido um gigante que ajudava os outros a atravessar um rio. Um dia, ao transportar em seus ombros um menino, sentiu que a cada passo ele ficava mais pesado. Ao acabar a travessia, disse que havia transportado o peso do mundo. Então, o menino respondeu-lhe que havia carregado o criador do mundo em seus ombros. Passou a ser invocado pelos condutores. Diz-se que se tornou Padroeiro dos Motoristas após um pedido da rainha Margarida de Sabóia, que creditava a fé no santo, a ter escapado ilesa de um grave acidente de carro na Itália, no início do século XX.
No mundo inteiro imagens e medalhas e orações a São Cristóvão passaram a ser muito difundidas entre os profissionais do volante.

Ser caminhoneiro ou seus familiares não é nada fácil. Como os esposos e namorados passam grande parte do tempo nas estradas, as mulheres são responsáveis por cuidar do orçamento doméstico, acompanhar e orientar a educação dos filhos e, muitas vezes, precisam tomar decisões sobre vários assuntos que, em outras ocasiões, estariam a cargo do casal.

As famílias dos caminhoneiros vivem também em tensão constante por causa dos perigos das estradas. A notícia de um acidente ou roubo de carga e a falta de contato por um dia bastam para mexer com os nervos de seus familiares.

O dia de trabalho do caminhoneiro começa bem cedo, geralmente de madrugada, sempre correndo contra o tempo, porque os fretes têm dia e hora marcados e qualquer atraso acaba em prejuízo. E, além de estradas ruins, muitos pedágios, os caminhoneiros ainda passam pelo risco de assaltos e de perder não apenas a carga, mas a própria vida. Mas com a proteção de São Cristóvão, as coisas ruins se afastarão e a estrada da vida ficará mais suave para os caminhoneiros como José, Reinaldo, Robson, Anderson, Waldecir, Nélio, Humberto, entre outros valentes profissionais.


JOSÉ JORGE DE SOUZA
Idade: 49
Estado: São Paulo
Caminhoneiro: há 24 anos

Fonte: Revista do Caminhoneiros

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