quarta-feira, 4 de abril de 2012

FALTA DE ESTRUTURA NO TRÂNSITO DE FORTALEZA


Os inúmeros problemas enfrentados pelas pessoas que visitam a Cidade podem afetar o seu potencial turístico

Tema constante na Câmara Municipal, os problemas do trânsito de Fortaleza voltaram a ser debatidos, ontem, durante sessão ordinária. O vereador José do Carmo (PSL) reclamou da situação em que se encontram as vias da Capital, além do desrespeito praticado por parte de condutores e autoridades, em relação aos cuidados que podem ser adotados para melhorar a situação do tráfego urbano.

"A cidade vive um caos no trânsito e os engarrafamentos não acontecem somente nos horários de pico, mas a todo momento. Os condutores imprudentes insistem em não respeitar as leis de trânsito", reclamou o parlamentar, que lembrou ainda o alto índice de casos de condutores de motocicletas acidentados, que estão internados no Instituto José Frota (IJF).

Disse ainda o vereador, que Fortaleza é "referência turística", portanto, o trânsito da Capital não deveria estar nessa situação. "A cidade merece um trânsito melhor, digno de seus moradores e visitantes. As leis estão sendo esquecidas ou desvirtuadas. Não é justo jogar a responsabilidade toda nos motoristas. O poder público tem de fazer sua parte", reclamou.

Segundo ele, muitos motoristas não respeitam as regras de trânsito, pois estão "revoltados" com as péssimas condições das vias da Capital, devido à falta de providências, por parte do poder público, para a manutenção desses espaços. O parlamentar ressaltou ainda que a cidade recebe uma frota de 4 mil veículos novos por mês, o que inviabiliza o escoamento desses carros.

Capacidade

"A Capital não deveria ficar em uma situação com um trânsito desses. A cidade já não suporta mais isso, pois não tem a devida capacidade de escoamento do trânsito", apontou o vereador. Segundo ele, falta estrutura nos órgãos que deveriam gerir o trânsito, que cobram postura corretas dos condutores, mas estão despreparados e em número insuficiente para aplicar a as leis.

A Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços e Cidadania (AMC) constantemente é alvo de denúncias dos vereadores que reclamam da enorme quantidade de aplicação de multas e o baixo investimento na área. Os parlamentares criticam ainda a falta de números que mostrem para onde está sendo destinado o dinheiro que é arrecado com as multas aplicadas, pois, segundo eles, a Autarquia não apresenta os dados, mesmo que na Câmara tenha sido aprovada lei que obriga a AMC a prestar contas.

Em março passado, por exemplo, o vereador Paulo Gomes (PMDB) informou que a Prefeitura abriu processo licitatório para reabrir a escola de trânsito no Parque Adail Barreto, uma vez que não existe sede para educação de trânsito. Porém, a escola não foi reformada. "A finalidade das leis estão sendo desrespeitadas. Não é certo jogar a responsabilidade apenas para os condutores de veículos, mas o Governo deve dar vias e engenharia de tráfego para a população, além, é claro, de uma educação de trânsito, o que garantiria uma melhoria para esta situação", frisou José do Carmo.

Mulheres

Projetos de lei nacionais e políticas públicas direcionadas para as mulheres também foram assuntos debatidos ontem na Câmara. O líder do PDT na Casa, vereador Iraguassu Teixeira, disse que essas iniciativas deveriam ser implantadas em nível municipal, principalmente, no que diz respeito a ações direcionadas para a saúde da mulher, o que segundo ele, vem sendo colocado em segundo plano na Capital.

Conforme informou, os desafios enfrentados para beneficiar as mulheres são "obstáculos diários que precisam ser superados e, portanto, não podem ser esquecidos". Ele lembrou o projeto aprovado no Senado e que discorre contra a discriminação salarial. De acordo com a matéria, a empresa que pagar salário menor à mulher em relação ao homem no mesmo cargo, poderá ser multada no valor de cinco vezes a diferença não recebida durante o período de prestação de serviços.

O vereador Iraguassu Teixeira ainda lembrou que, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, as mulheres recebiam cerca de 70% do valor do salário de um homem.

 

Fonte: Diario do Nordeste

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