Professores da rede estadual de ensino promovem assembleia à tarde para avaliar o resultado das negociações com o governo após o retorno às aulas, depois de 62 dias de paralisação. Ontem pela estudantes manifestaram apoio às reivindicações dos docentes.
Em nova fase de negociações com o Governo do Estado, os professores estaduais realizam
Assembleia Geral da categoria hoje à tarde. O intuito é analisar as últimas articulações com a gestão e definir os próximos passos do movimento. O debate pode levar os professores, que estiveram em greve por 63 dias, em agosto e setembro deste ano, a votar por retomar ou não o estado de paralisação das atividades.
O presidente do Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, avalia positivamente os resultados da mesa de negociação com o Governo, mesmo que alguns pontos de reivindicação não tenham alcançado o consenso. “Temos uma avaliação preliminar que, em comparação com o restante do País, onde as greves foram criminalizadas, judicializadas e sem negociação, nós aqui conquistamos avanços importantes”, disse. Quanto ao principal ponto de pauta, a repercussão do piso nacional na carreira de todos os níveis de professores, no entanto, não houve acordo.
Protesto
Enquanto isso, na manhã de ontem, estudantes de escolas públicas estaduais realizaram manifesto em apoio aos professores. O grupo se reuniu no colégio Adauto Bezerra, no bairro de Fátima, percorreu avenida 13 de maio e fez protesto na rotatória que liga a avenida Aguanambi à BR-116. De lá, seguiram para o colégio Jenny Gomes, situado na avenida Borges de Melo.
“Estamos num clima super devagar na escola. Estamos perdendo o ano. Se o Governo não pagar o piso dos professores, a gente não terá aula”, disse Emanuele Nunes, 15, estudante do colégio João Mattos. Representantes do movimento dos professores acompanharam os estudantes e também discursaram.
Para Dmitri Gadelha, 25, professor de História e Sociologia, o momento agora é de pais e estudantes se integrarem às ações dos docentes. Ele entende que as negociações com o Governo não avançaram e que há forte tendência de a categoria voltar a paralisar as atividades. Outra professora, que preferiu não se identificar, relatou que a pressão dentro das escolas pelo fim do questionamento ao Governo ultrapassou os docentes e chegou aos alunos, na tentativa de reprimir manifestações de apoio. “A coordenação não quer que volte a greve”, disse.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A Assembleia Geral de hoje acontece após 30 dias de trégua entre professores e governo, depois que os docentes ficaram 62 dias parados em greve. Nesse período foi mantido o estado de greve.
SERVIÇO
Assembleia Geral dos professores
Quando: hoje
Horário: 15 horas
Onde: Ginásio Aécio de Borba. Rua Paulino Nogueira, s/n, Benfica.
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