sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SINDICAM-CE E FUNTCIPP PARALISARAM AS ATIVIDADES NO PORTO DE PECÉM


 

Trabalhadores exigem maior atenção quanto à segurança e reajuste de 30% no adicional de insalubridade

Oito categorias de trabalhadores que atuam no Porto do Pecém paralisaram ontem as atividades como forma de reivindicar um reajuste do adicional de insalubridade e maior atenção por parte da Cearáportos quanto à prevenção de acidentes. Os sindicatos envolvidos no protesto calculam que a interrupção dos serviços tenha causado aos empresários um prejuízo estimado entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. A Cearáportos, porém, não confirmou o valor, afirmando que não tinha como mensurar, ontem, o montante.

Durante a manifestação, conforme os trabalhadores, cerca de 100 caminhões ficaram parados no terminal portuário, sem que o material pudessem ser embarcado. Dessa forma, muitas cargas perderam o prazo das entregas.


"Pelo que a gente observou no fim da tarde de ontem, acredito que havia uma média de 100 caminhões parados", relata o coordenador do Fórum Unificado dos Trabalhadores do Complexo Industrial do Porto do Pecém (FUTCIPP), Hernesto Luz. As principais cargas transportadas, afirma, são as frutas - no caso das exportações - e os materiais siderúrgicos - com relação às importações.

No caso do transporte das frutas e de outros alimentos, há a possibilidade de estragos, uma vez que alguns dos contêineres transportam produtos que precisam de refrigeração. Além dos prejuízos com a carga e os cargueiros no Pecém, há os impactos que desembocam em todo o sistema portuário nacional.

Exigências


Os trabalhadores exigem maior atenção quanto à segurança, com a instalação de uma brigada do Corpo de Bombeiros, com ambulância 24 horas. De acordo com Hernesto Luz, os sindicatos que compõem o fórum têm dialogado com frequência com representantes da Cearáportos. Entre os trabalhadores, estão metalúrgicos, caminhoneiros, vigilantes, processadores de dados, e empregados em empresas de asseio e conservação.

A insatisfação dos sindicatos, afirma, à não solução de problemas apontados, desde 2011, pelos trabalhadores, como a ocorrência de acidentes e a precariedade de equipamentos de proteção individual (EPIs). A Cearáportos informou que já está em licitação a construção do prédio e a compra de um veículo de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para ser utilizado com esta finalidade. A empresa também destacou que possui engenheiro de segurança e desconhece que faltem os EPIs.

Os manifestantes também exigem um acréscimo de 30% de adicional de insalubridade nos salários pela periculosidade da atividade portuária. Sobre essa questão, a Cearáportos informou que aguarda decisão da Justiça, que deve determinar o pagamento ou não do adicional.

Fonte: Diario do Nordeste

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Governo quer ampliar acesso a terminais portuários


Assim como fez com as ferrovias, o governo vai regulamentar a atuação do monopólio privado nos portos do Brasil com o objetivo de ampliar o acesso a terminais construídos por empresas, disse uma fonte do governo. No caso das ferrovias, o governo modificou as regras para uso de linhas privativas, obrigando as concessionárias ferroviárias de cargas a compartilhar suas redes por meio do “direito de passagem” ou “tráfego mútuo”.

O anúncio das mudanças nos portos deve ocorrer nas próximas semanas, disse a fonte à agência de notícias Reuters. As 
novas regras para os portos devem ter impacto em até 130 terminais privativos que movimentam cerca de 70% da tonelagem que passa pelos portos do país. As mudanças no uso dos terminais privativos foram debatidas com o setor privado na semana passada.


Fonte:Gazeta do Povo - PR

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lançamento do Plano Brasil de Infraestrutura Logística


 Conselho de Administração percorre todo o Brasil para elaborar um documento unificado, que apresentará propostas para resolver velhos problemas logísticos

Os entraves logísticos do Amazonas e da região Norte estarão novamente em pauta na próxima quinta-feira (30), durante o lançamento do Plano Brasil de Infraestrutura Logística (Projeto PBLog), que vai acontecer no auditório da Faculdade de Estudos Sociais (FES) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), das 8h às 18h.

O projeto é realizado pelo Conselho Federal de Administração(CFA), em parceria com os Conselhos Regionais de Administração (CRAs), e tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O coordenador nacional do PBLog e professor doutor em Logística da Ufam, Jorge Campos, explica que o objetivo do projeto é construir um estudo que aponte soluções para os problemas logísticos do País. Para tanto, o Sistema CFA/CRAs está promovendo seminários nas cinco regiões do Brasil para colher propostas de todos os segmentos.

Na região Norte, o seminário para apresentação de propostas acontece junto com o lançamento oficial do PBLog, no dia 30. Além das entidades empresariais, como Federação das Indústrias (Fieam) e Centro da Indústria do Amazonas (Cieam), o debate regional quer contar com a participação de agentes portuários e aeroportuários, transportadores, associações de classe, seguradoras, docentes e alunos envolvidos em grupos de pesquisa sobre transporte.

“Queremos envolver todos os profissionais que trabalham com a movimentação de cargas nos modais aéreo, rodoviário, dutoviário, infoviário (distribuição de informações), ferroviário e aquaviário para elaborar um documento que será entregue à Presidência da República, ao Congresso Nacional, aos governos estaduais e outras entidades”, afirma Campos.        

O primeiro seminário regional aconteceu no dia 19 de julho em Palmas (Tocantins), que embora faça parte da região Norte, recebeu os representantes da região Centro-Oeste. Até outubro, vão ocorrer as discussões do Sudeste, do Nordeste e da região Sul. Encerrada a fase de seminários, o CFA vaitrabalhar na integração das propostas.

“Vamos compilar os projetos estratégicos para cada Estado. Nosso compromisso desafiador é concluir a primeira versão do documento em novembro, para que então o estudo chegue à Presidência e ao Congresso Nacional até o fim do ano”, detalha.

Prejuízo diário
Os prejuízos gerados à Zona Franca de Manaus (ZFM) pelos gargalos logísticos estão presentes na rotina diária das indústrias. Dentre as situações que atrapalham o abastecimento de insumos e a distribuição de mercadorias, estão a falta de investimento nos portos e o funcionamento desses recintos apenas durante o dia; a distância do Distrito Industrial em relação ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, o que obriga as fábricas a enfrentar o trânsito de Manaus; e as greves dos servidores públicos que atuam na verificação das mercadorias.

 

Questões estratégicas
No que diz respeito ao transporte rodoviário, o coordenador do PBLog, Jorge Campos, destaca que projetos estratégicos estarão no centro das discussões, como a BR-319, que foi planejada para ligar Manaus a Porto Velho, mas continua esbarrando na legislação ambiental. “Enquanto profissional, acho inadmissível que o Estado do Amazonas não tenha uma estrada que lhe conecte ao restante do Brasil. Além dessa rodovia, há o projeto da BR 0-80, que pretende ligar Manaus a Brasília”, frisou.

Sobre a BR-174 (Manaus-Boa Vista), o especialista defende investimentos para que ela seja uma rota de acesso aos mercados da América do Norte e América Central.

“O mercado das Guianas está sendo ocupado pelos produtos chineses. Se houvesse a recuperação dos 600 quilômetros que estão entre Boa Vista e Georgetown (capital da Guiana), poderíamos fazer chegar lá as merccadorias da ZFM e, ainda, levá-los a outros países da América Central e América do Norte”.

Outra alternativa apontada pelo professor é a rota hidroviária do Alto Solimões, que permitiria a exportação de produtos para o Peru e a Colômbia.

Ponta Pelada
As limitações aeroportuárias do Amazonas são outro tema recorrente nos debates sobre a logística do Polo Industrial de Manaus (PIM). Para Jorge Campos, há uma solução já discutida por muitos anos e que poderia agilizar a distribuição de produtos e a entrada de insumos nas fábricas. “É a transformação do aeroporto de Ponta Pelada no aeroporto do Distrito Industrial. A localização de Ponta Pelada está próxima à das indústrias, isso iria facilitar o deslocamento dos veículos”, comentou.

Além de coordenador do PBLog, Campos é conselheiro do CRA-AM.

Pontapé
O lançamento do projeto PBLog acontece no próximo dia 30, às 8h30.

Grupos
Às 10h, iniciam os debates por segmento de atuação, conforme os modais em que cada instituição trabalha.

Resumo
Às 15h, os grupos retornarão ao auditório da Ufam para apresentar as propostas colhidas.

Conclusão
O prazo final para entrega do estudo ao Conselho Federal de Administração é novembro. Em seguida, ele deve ser enviado à Presidência.
 

Fonte: A Critica

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fortaleza registra 218 novos veículos por dia


 
Número de automóveis na Capital já supera 800 mil e, rápido, deverá chegar a 1 milhão, o que dificultará a mobilidade

Passar horas praticamente parado em um congestionamento já faz parte da rotina diária dos fortalezenses. O problema se agravou nos últimos dez anos, período em que a frota cresceu vertiginosamente, enquanto avenidas e ruas da Capital permaneceram as mesmas. Prova dessa dificuldade enfrentada no tráfego é o aumento da frota registrada em julho: cerca de 218 novos veículos por dia entraram em Fortaleza.

Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE). Conforme o levantamento apresentado, o número de veículos saltou de 402.386, em 2002, para 813.871, em 2012, computados apenas os sete primeiros meses do ano, o que representa um aumento de 102,26%. Em julho, um total de 6.554 veículos foi incorporado à frota que circula na Capital.


Estatística atualizada do Detran-CE ratifica que a média de incremento de veículos na cidade fica em torno de seis mil automóveis por mês. Baseado no crescimento, a expectativa é de que, até 2015, a frota da cidade deve ultrapassar a casa de um milhão.

Especialistas em planejamento urbano apontam que Fortaleza se arrasta no percurso hoje prioritário de implantação de medidas na área. Assim, a cidade não consegue comportar o crescimento contínuo da frota e da população e sobram congestionamentos ao longo do dia.

Como não há tempo para mudanças profundas na infraestrutura, há quem sugira alguns "sacrifícios" para amenizar o caos no trânsito de Fortaleza. É o caso do promotor Antônio Gilvan de Abreu Melo, um dos titulares do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran), do Ministério Público do Estado. Ele defende a implantação do rodízio para veículos em Fortaleza.

Revezamento


A proposta do especialista é fazer o revezamento durante duas semanas seguidas, tirando sábado e domingo. "Não é um sacrifício tão grande assim. O motorista não poderá circular com seu carro a cada 12 dias. O que é impossível de suportar é ter dez mil carros rodando ao mesmo tempo pela cidade", ressalta.

Pare ele, melhorias que podem ser implementadas rapidamente passam pela priorização e o ordenamento do transporte público. A oferta de mais coletivos para os usuários e as paradas de transporte alternativo, na sua avaliação, deveriam ser diferenciadas das de ônibus.

Além disso, o arquiteto e urbanista Antônio Paulo Cavalcante analisa que outras cidades do mundo, com uma frota maior que a da cidade de Fortaleza se preocuparam em equilibrar tanto a infraestruturas como a frota e o transporte de 
massa.

"Se a variável de veículos está crescendo tanto, precisamos de novos paradigmas", salientou o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Ademar Gondim. Lembrou que a Lei Federal sobre mobilidade urbana, número 12.587, de 3 janeiro de 2012, cria novos parâmetros, tais como prioridade do transporte público sobre o particular, prioridade do transporte coletivo sobre o individual e utilização do espaço público para a circulação dos veículos em lugar de estacionamento.

Admitiu serem necessárias intervenções e mudanças de hábitos da população. Também lembrou que, no próximo dia 28, acontecerá reunião do Fórum Nacional de Dirigentes de Municipais de Trânsito e Transportes em Brasília. Na pauta: o financiamento dos órgãos de trânsito.

FONTE: DIARIO DO NORDESTE


sábado, 25 de agosto de 2012

Advogados, ministro e procurador vão à festa


 

O julgamento do processo prossegue na segunda-feira após divergência do ministro revisor e do relator

Brasília. Os atores do mensalão frequentam dois cenários distintos em Brasília. Nos dias de sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), à tarde, advogados e ministros guardam distância protocolar e, não raras vezes, os bacharéis são tratados rispidamente. À noite, entretanto, se confraternizam.

A apenas 5,4 km do STF, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ministro do Supremo, Marco Aurélio Mello, e advogados dos réus do mensalão participaram de uma festa que invadiu a madrugada de quinta-feira. Algoz dos réus, Gurgel celebrou com os advogados o 80º aniversário de José Gerardo Grossi no salão de um hotel, em Brasília. Grossi é ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também estavam lá, Arnaldo Malheiros e Alberto Toron, defensores do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), respectivamente.

Um dos primeiros a chegar, Gurgel recebeu, ao lado da mulher, a subprocuradora, Cláudia Sampaio, o advogado Márcio Thomaz Bastos com caloroso abraço. "O embate acontece lá. Aqui, é confraternização", justificou Gurgel. Ao lado dele, estava o antecessor Antonio Fernando Souza, autor da denúncia e alvo dos advogados.

Cercado de advogados, Marco Aurélio brincou com Toron, ausente de Brasília quando Joaquim Barbosa pediu a condenação de seu cliente: "Vou cortar seu ponto", disse.

O 
jantar terminou com um show de gaita. No repertório, o tema de "O Poderoso Chefão". "Foi uma festa absolutamente democrática", disse Grossi.

Julgamento

Ontem, o ministro Marco Aurélio expressou preocupação de que o julgamento da ação penal sobre o mensalão não termine neste ano. Ele pediu racionalização dos trabalhos da Corte e que a palavra seja passada aos demais ministros após os votos do relator, Joaquim Barbosa, e do revisor, Ricardo Lewandowski, sobre o primeiro item da denúncia analisado pelos magistrados.

Lewandowski concluiu na quinta-feira seu voto sobre o capítulo da denúncia que trata sobre o suposto desvio de recursos do 
Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados. Ele divergiu do relator ao absolver os quatro réus acusados de desviar recursos da Câmara, entre eles João Paulo Cunha e o empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do suposto esquema.

Ao término do voto do revisor, Barbosa disse que começaria a sessão de segunda-feira pedindo a palavra para rebater os pontos levantados pelo colega, que pediu então que também tivesse a palavra para contrapor o relator.

O ministro falou sobre o voto divergente de Lewandowski e sobre uma possível disputa entre o relator e o revisor do processo. "Se eu pudesse dar um peso maior a um pronunciamento no Supremo, daria àquele formalizado por maioria de votos, não a uma só voz. Mesmo porque, já dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra", disse.

Críticas

O ministro revisor disse ontem que já esperava críticas por seu voto pela absolvição de João Paulo e afirmou não pautar suas decisões pela opinião pública. Defendeu a independência do Judiciário e que os magistrados não temam "pressões de qualquer espécie". Sob fogo cruzado por seu voto neste momento, o mesmo Lewandowski já foi acusado no passado de buscar aplauso da opinião pública ao defender a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010.

"Já esperava as críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho. Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões de qualquer espécie", disse.

Disse ainda não se preocupar se vencerá a disputa com Barbosa. "Nós, que vivemos em um ambiente colegiado, estamos acostumados a divergir, a ver nossas posições vencedoras ou perdedoras. Isso faz parte. Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, é o destino dos réus".

O revisor afirmou que nos próximos itens ele e Barbosa podem abreviar a exposição em plenário fazendo a distribuição do voto aos colegas. "Eu tenho certeza de que nós podemos melhorar o nosso processo, nossa metodologia de julgamento, abreviando os votos". "Vamos fazer o possível para que esse processo tenha um curso célere", finalizou. 

 Fonte: Diario do Nordeste

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PAGAMENTO DO DPVAT AUMENTOU 31% NO 1º SEMESTRE


 
O pagamento de indenizações pelo seguro obrigatório Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat), concedido às vítimas de trânsito no Brasil, subiu 31% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2011. Foram desembolsadas no período 216,1 mil indenizações para os desastres que geraram mortes, invalidez permanente ou despesas médicas para as vítimas.

Os números são da seguradora Líder-Dpvat, administradora do benefício no País, e dão, em certa medida, um panorama da quantidade de acidentes de trânsito na primeira metade do ano. Os números podem carregar alguma distorção, já que quem sofre um desastre, tem até três anos para solicitar o seguro.

Por vítimas fatais, foram pagas a familiares 29,7 mil indenizações de janeiro a junho, alta de 11% no período. As mortes representaram 14% do total ocorrido no período. O ressarcimento às vítimas que tiveram invalidez permanente somaram 142,9 mil, aumento de 33%. O volume representou 66% do total. Para acidentes que, mesmo sem mortes ou invalidez, provocaram despesas com tratamentos médicos, o número atingiu 41,3 mil, avanço de 41%. Esse tipo de ocorrência representou 41% do total.

Para os acidentes com mortes, o seguro paga R$ 13,5 mil aos herdeiros da vítima. Para invalidez, o valor pode atingir até R$ 13,5 mil, dependendo da gravidade do problema. Para despesas médicas, o seguro alcança o máximo de R$ 2,7 mil. As motocicletas foram as maiores vilãs do período. Do total das indenizações, 69% foram decorrentes de acidentes com esse 
veículo. Carros responderam por 25%, caminhões por 4%, e ônibus, 2%. O motorista foi o mais indenizado, com 59% dos recursos; seguido por pedestres, 24%; e passageiros, 17%. (das agências de notícias)

O quê - Entenda a notícia. As maiores vítimas de acidentes de trânsito são homens, entre 25 e 34 anos. Por categoria de veículo, as motocicletas lideram o ranking de indenizações em 2012, com 69% do total. Os automóveis respondem por 25%.


Fonte:O Povo - CE

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CRESCE O TRANSPORTE DE CARGAS PELA COSTA BRASILEIRA


 
O aumento da navegação pela costa brasileira, a chamada cabotagem, é uma das apostas do Tecon Rio Grande para incrementar a movimentação de contêineres pelo terminal gaúcho. E, realmente, a quantidade de cargas transportadas dessa maneira vem crescendo. Em 2010, a cabotagem foi responsável pela movimentação de 22.881 contêineres dentro do Tecon e, no ano passado, esse número passou para 27.640.

O presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, calcula que, de janeiro a agosto deste ano, a cabotagem respondeu pela movimentação de cerca de 20 mil contêineres no terminal, o que representa algo entre 10% e 15% da operação total neste período. “Nossa intenção é fazer com que a cabotagem cresça muito”, adianta o executivo, que participou do seminário Cabotagem: Uma Alternativa Logística, realizado na Fiergs.

Ele acrescenta que o complexo teria capacidade para dobrar a movimentação oriunda da cabotagem. O dirigente informa que o 
arroz corresponde, atualmente, a 86% do total do volume das cargas transportadas dessa maneira e que passam pelo Tecon. Depois, seguem produtos como resinas, móveis, entre outros.

Bertinetti admite que a cabotagem enfrenta algumas dificuldades relacionadas a custos, pois está ligada à navegação, que usa combustíveis especiais e legislações específicas para a tripulação. No entanto, ele destaca que os armadores estão investindo nos navios de cabotagem e oferecendo fretes interessantes para distâncias mais longas. “Temos que mudar a forma de encarar essa prática, porque ela é uma possibilidade maravilhosa”, defende.

O diretor comercial do Tecon, Thierry Rios, reitera que o terminal está preparado, em termos de infraestrutura e de foco, para que esse incremento aconteça. Entretanto, ele lembra que o modal rodoviário é predominante no Brasil. “Então, leva algum tempo para desenvolver essa nova cultura”, aponta Rios.

Ainda envolvendo o segmento logístico, uma importante ferramenta para o aprimoramento do setor será apresentada ao público na próxima terça-feira, na Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Projeto Sul Competitivo trata-se de um diagnóstico da infraestrutura logística dos três estados da região Sul do País. O diretor do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs), Ricardo Portella Nunes, explica que o levantamento colheu informações diretamente com as empresas. A partir desses dados, serão traçados cenários sobre as ações e os investimentos necessários para melhorar o processo logístico.

ALL estuda devolução do trecho ferroviário SP-Porto Alegre A ALL - América Latina Logística está estudando com o governo a devolução do trecho ferroviário São Paulo-Porto Alegre, informou ontem o superintendente financeiro e de relações com investidores da empresa, Alexandre Rubio. De acordo com ele, essa é uma das possibilidades para que o governo concretize parte do plano de concessões anunciado na semana passada.

“Há a possibilidade de se pensar em devolução desde que o governo me pague o capital empregado. Mas isso está sendo estudado”, declarou o executivo, após participar de encontro realizado pela Apimec-Rio, acrescentando que o trecho em questão não é muito representativo no resultado da empresa.

Rubio disse que a ALL está atenta às possibilidades relativas ao pacote lançado para desenvolver a infraestrutura do País, mas acrescentou que no curto prazo não prevê investimento para tais projetos. “Acho que o pacote está em fase muito inicial ainda. Temos uma disciplina muito grande para gastar nosso dinheiro”, declarou. Ele frisou que os últimos projetos nos quais a empresa entrou foram tocados por meio de associação. “Temos buscado parceiros para colocar o capital e ficamos com participação no negócio.”

Durante o evento, o executivo revelou ainda que a empresa está negociando com três grupos argentinos a venda de seus ativos no país vizinho. “Faz mais sentido (a venda de) uma operação dessas para grupos argentinos do que para multinacionais devido ao contexto que temos lá”, declarou. Sem informar o nome dos interessados, Rubio evitou dar um prazo para a concretização da transação.


Fonte:Jornal do Commercio - PE

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Negociação com caminhoneiros pode incluir parceria com postos de combustíveis

 

BRASÍLIA - Hoje, o grupo se reuniu pela primeira vez desde o fim da greve da categoria, que durou sete dias e bloqueou rodovias em seis unidades da Federação...

BRASÍLIA - A solução para o impasse na aplicação da lei que exige descanso periódico para os caminhoneiros pode incluir parceria com o setor privado. De acordo com o secretário de Política Nacional do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, a utilização de postos de combustíveis como paradas de repouso para os motoristas de caminhão é uma das possibilidades avaliadas pelo governo.

O encontro foi cercado de tensão em razão da rivalidade entre os sindicatos que representam oscaminhoneiros e houve protestos em frente à sala de reuniões da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que sediou a primeira rodada de negociações.

“Estamos em fase de levantamento de informações. Temos que ver como negociaríamos isso a partir da bandeira concedente”, afirmou o secretário. Perrupato é um dos representantes do Ministério dos Transportes na mesa de negociação implantada hoje (8) para discutir as reivindicações dos caminhoneiros.

Nesta quarta-feira, o grupo se reuniu pela primeira vez desde o fim da greve da categoria, que durou sete dias e bloqueou rodovias em seis unidades da Federação. A desocupação das estradas foi uma exigência do governo para iniciar o diálogo. Ao fim da reunião, ficou estabelecido que representantes do governo se reunirão semanalmente com os caminhoneiros até o dia 11 de setembro, prazo para o fim das negociações.

Enquanto os líderes das entidades estavam reunidos com o governo, manifestantes do Movimento União Brasil Caminhoneiros (MUBC) gritaram palavras de ordem contra os dirigentes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e da União Brasil Caminhoneiros (Unicam). O MUBC organizou a paralisação dos motoristas, e a CNTA e a Unicam foram contra a mobilização.

Além de uma solução para a falta de infraestrutura de repouso, serão debatidos problemas como a cobrança do Código Identificador de Operação de Transportes (Ciot) e a concessão do RegistroNacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC).

O Ciot é um documento exigido dos caminhoneiros autônomos. A categoria reivindica que a obrigatoriedade seja estendida também às empresas de transportes. Com relação ao RNTRC, a demanda é que o registro só seja concedido a quem tem o transporte de carga como atividade principal.

“Está havendo concessão para todo tipo de atividade econômica, até para lojas de material de construção e vidraçaria. Isso inundou o mercado com mais de 600 mil profissionais e fez cair o valor do frete”, reclamou Nélio Botelho, presidente do MUBC.

Para atender aos pedidos dos caminhoneiros, será necessário alterar resoluções da ANTT. A possibilidade de realizar essas mudanças será o tema da próxima reunião da mesa de negociações, marcada para a semana que vem. De acordo com o secretário de Política Nacional do Ministério dos Transportes, em cada um dos encontros semanais será abordado um tema da pauta de reivindicações.

Fonte: DCI

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Greve dos caminhoneiros



O Brasil esteve quase paralisado em função das greves nacionais que sobre ele se abateram. Com destaque para a paralisação dos caminhoneiros que se estendeu, com maior intensidade, no Sudeste do País, e em especial aqui no RS, na BR-392, em Rio Grande, e na BR-101, em Três Cachoeiras.

Com espanto, vi que o mote da paralisação era um protesto sobre a recente lei que garantiu maior descanso aos profissionais dos caminhões. Ou seja, os motoristas não queriam menos carga horária, sob alegação de que não tinham onde repousar. Queriam que talvez o governo construísse pousadas ou incentivasse os particulares a fazê-lo. Mais ou menos como os trabalhadores urbanos que recebem vale-refeição e exigissem restaurantes ao lado de seus locais de trabalho.

Ora, claro está que não é isso que está por trás do movimento que, na realidade, é um verdadeiro lock out, isto é, greve das empresas ou dos patrões, que não querem arcar com o custo que advirá da lei. Aumentando o tempo de descanso dos motoristas, por certo que aumentará o valor dos fretes, posto que as encomendas demorarão mais a ser entregues, visto que deverão ser incluídas nessa conta as despesas com a hospedagem e a alimentação dos motoristas. Aos transportadores, parece que pouco importa a segurança nas rodovias, que o motorista dirija por 10, 11, 12 horas consecutivas sem interrupção, que causem acidentes nas mais das vezes fatais. Importa mesmo é que a carga chegue o quanto antes.

Segurança é o que menos interessa no caso. Sem contar o aspecto que, em havendo mais descanso, haverá menos 
pagamento de horas extras. Isso parece que também escapou aos cálculos dos sôfregos empresários. De forma que tivemos um movimento inédito, que protesta por uma medida que beneficiará os grevistas e que parece que teve sucesso, posto que o governo aceitou formar uma comissão para, quem sabe, rever alguns pontos da controvertida norma – que, por sinal, mereceu amplo debate em todo o Brasil com as categorias envolvidas. Rogério Teixeira Brodbeck, jornalista e advogado
 

Fonte: Jornal do Comércio - RS


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

OITAVA RODADA DE NEGOCIAÇÃO TRABALHISTA 2012/2013



Hoje 20/08/2012 as 14h00min vai acontecer a 8ª rodada de negociação com o sindicato patronal  na sede da SRTE/CE.


Até o momento a proposta dos patrões é de 8% acima do piso da convenção e 10% para o pisos da convenção, em varias visita realizada durante a semana nos locais de trabalho da categoria foi informado estes valores de reajuste, onde os companheiros se manifestaram contrários a proposta, os trabalhadores querem uma proposta mais convincente para suas necessidades.


Fonte: Sindicam-ce

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Governo anuncia R$ 133 bilhões para transportes


O Programa de Investimentos em Logística, lançado pelo GovernoFederal, ontem, prevê investimentos de R$ 133 bilhões em até 25 anos em rodovias e ferrovias nacionais. O objetivo é ampliar e modernizar parte da infraestrutura de transportes do país.

Do montante anunciado, R$ 42 bilhões serão investidos em rodovias, sendo R$ 23,5 bilhões investidos nos primeiros cinco anos e R$ 18,5 bilhões nos 20 anos subsequentes. Nove lotes serão concedidos à iniciativa privada. Segundo o governo, os investimentos serão concentrados nos primeiros cinco anos de concessão, e contarão com duplicações, contornos, travessias, viadutos e pontes.

Ferrovias - Os investimentos privados previstos no pacote de ferrovias alcançam R$ 91 bilhões e deverão ser investidos em 12 novos lotes de concessões ferroviárias. A intenção do governo é licitar os 12 lotes até junho de 2013 para que os contratos sejam assinados até outubro do mesmo ano. A partir daí, a expectativa é de que os concessionários concluam as obras em até cinco anos, desembolsando R$ 56 bilhões nesse período. Os outros R$ 35 bilhões seriam gastos nos 25 aos seguintes para a operação e manutenção dos trilhos.


Fonte:O Povo - CE

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Municípios poderão criar conselho comunitário de trânsito



A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei, do deputado Márcio Marinho (PR-BA), que obriga os municípios a criarem conselhos comunitários de trânsito. Pelo texto, a participação no órgão deverá ser voluntária e não remunerada.

Para o relator, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), essa característica é importante porque desta forma a proposta não cria despesas para a administração municipal.

A medida prevê que o conselho deve ser composto por representantes de outros órgãos e instituições públicas, representantes de associações civis dedicadas à melhoria do trânsito, pessoas físicas com notório saber em matéria de trânsito, e representantes de associações de moradores e de sindicatos.

Na opinião de Leal, a participação popular na definição de políticas e de estratégias de trânsito local dará maior legitimidade ao sistema. “A sociedade tenderá a demonstrar maior respeito pelas normas e pelas ações levadas a cabo pelas autoridades de trânsito”, sustenta.

Entre as atribuições do conselho constam:

-defender direitos e cobrar o cumprimento de deveres relacionados ao trânsito;

-colaborar, opinar e solicitar esclarecimentos em matéria que diga respeito ao trânsito;

-realizar seminários, palestras e pesquisas de opinião que contribuam para a resolução de problemas relacionados ao trânsito;

-promover campanhas de educação de trânsito;

-colaborar com a criação e a manutenção de cursos profissionalizantes, ligados ao trânsito.


Fonte:Portal Transporta Brasil