A movimentação no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, é tranquila, apesar do anúncio de greve do aeroviários anunciada na tarde desta quinta-feira (22).
Entre os 35 vôos nacionais programados, apenas quatro apresentaram atrasos até as 9h50m desta sexta-feira (23), segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
A presidenta do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, informou que os aeroviários (funcionários das empresas aéreas e de serviços aeroportuários que trabalham em terra) iniciaram greve no Rio, em Brasília, em Belo Horizonte e Fortaleza, mesmo sem o apoio dos aeronautas, que decidiram assinar acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea).Segundo a líder sindical, a paralisação começou a despeito da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de multar o sindicato em R$ 100 mil por dia se não houver um mínimo de 80% de funcionários trabalhando.
“Nossa greve já começou no Rio, em Brasília, em Belo Horizonte e Fortaleza. A adesão está muito boa. O TST é muito rápido e tem mão pesada para punir o trabalhador. Mas nossa dignidade não custa R$ 100 mil por dia”, disse Selma, na manifestação que ocorreu no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão.
Ela ressaltou que a ameaça de multa se refere ao descumprimento da ordem judicial de manter 80% dos funcionários trabalhando nos dias 23 e 24 e 29, 30 e 31 de dezembro. Ela disse que a continuidade da paralisação vai ser definida pelos trabalhadores. “Por isso nós antecipamos a greve”.
Balbino considerou insuficiente o reajuste salarial oferecido na última quarta-feira (21) pelo Snea, de 6,5%, que incorpora ganho real de 0,33%. “O que é isso? Uma 'merreca' dessas não quero nem saber. O que significa isso no salário do peão? Quando tivermos o piso de operador em R$ 1.200, a gente senta para conversar”, disse a presidenta do sindicato, em referência à proposta do Snea de criar piso para operador de transporte no valor de R$ 1 mil.
Fonte: Diario do Nordeste
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